Com o avanço da pandemia de coronavírus e a ameaça real de retração global, a expectativa de evolução da economia brasileira em 2020 caiu mais uma vez, de queda de 1,96% para recuo de 2,96%, conforme o Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira, 20, pelo Banco Central. Há quatro semanas, a estimativa era de crescimento de 1,48%.
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Para 2021, o mercado financeiro prevê alta do Produto Interno Bruto (PIB), de 3,10%, ante 2,70% na semana anterior. Quatro semanas atrás, estava em 2,50%.
A projeção para a queda da produção industrial de 2020 passou de 1,42% para 2,25%. Há um mês, estava em alta de 1,00%. No caso de 2021, a estimativa de crescimento da produção industrial passou de 2,95% para 2,90%. Era 2,50% quatro semanas antes.
A pesquisa Focus mostrou ainda que a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2020 foi de 56,50% para 60,90%. Há um mês, estava em 56,55%. Para 2021, a expectativa foi de 60,73% para 62,25%, ante 57,95% de um mês atrás.
IPCA abaixo do piso
Os economistas do mercado financeiro reduziram mais uma vez a previsão para o IPCA – o índice oficial de preços – em 2020. O relatório mostra que a mediana para o IPCA neste ano foi de alta de 2,52% para 2,23%. Há um mês, estava 3,04%. A projeção para o índice em 2021 passou de 3,50% para 3,40%. Quatro semanas atrás, estava em 3,60%.
A projeção dos economistas para a inflação está abaixo do piso da meta de 2020, cujo centro é de 4,00%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto porcentual (índice de 2,50% a 5,50%). No caso de 2021, a meta é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%). Já a meta de 2022 é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (de 2,00% a 5,00%).
Os economistas do mercado financeiro alteraram suas projeções para os juros no fim de 2020: a mediana para a Selic neste ano passou de 3,25% para 3,00% ao ano. Há um mês, estava em 3,75%. No mês passado, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central cortou os juros em 0,5 ponto porcentual, para 3,75% ao ano.
O Relatório de Mercado Focus mostrou que a mediana das expectativas para o câmbio no fim do ano passou de R$ 4,60 para R$ 4,80 de uma semana para a outra, ante R$ 4,50 anotado um mês atrás. Já para 2021, a projeção do Focus para o câmbio subiu de em R$ 4,47 para R$ 4,50, ante R$ 4,29 de quatro pesquisas atrás.