Cenário global: hoje, no cenário externo, o Livro Bege (15h) divulgado pelo Banco Central dos EUA, antecede os dados mais importantes da semana em relação ao mercado de trabalho americano, com o ADP (empregos no setor privado) amanhã e o payroll (6ªF). Além disso, o tom do comunicado do Livro Bege hoje pode mexer com os mercados que tentam encontrar sinais de mudanças na política monetária expansionista e fim dos estímulos para acomodar a inflação.
No continente europeu, as bolsas operam em leve alta, mas seria até natural uma realização de lucros, após o Stoxx 600 ter batido recorde ontem, com investidores otimistas com a retomada das atividades econômicas e ofuscando as preocupações com inflação. É surpreendente a dinâmica positiva e força do mercado, pois não há fatos com fundamento que justifiquem um recorde atrás do outro. A inflação na zona do euro bateu 2% pela primeira vez desde 2018, mas tudo indica que o Banco Central Europeu mantenha o programa mensal de recompras de 80 bilhões de euros em sua reunião na próxima semana. Hoje, foi divulgado que o PPI (inflação ao produtor) da zona do euro subiu 1% em abril ante março, dentro das expectativas.
Ásia: na China, índice Xangai Composto fechou em queda de 0,76%, aos 3.597,14 pontos; Tóquio, índice Nikkei subiu 0,46%, para 28.946,14 pontos; Em Hong Kong, Hang Seng caiu 0,58%, aos 29.297,62 pontos; Seul, índice Kospi valorizou 0,07%, para 3.224,23 pontos; Europa: índice Stoxx 600 opera em alta de 0,20%, aos 451,02 pontos; Frankfurt sobe 0,17%, Londres +0,08%, Paris +0,15% e Madri +0,11%; Petróleo: tipo Brent para agosto sobe 1,20%, para US$ 71,09 o barril; Ouro para junho recua 0,32%, cotado a US$ 1.898,90 a onça-troy; NY-Pré-mercado: futuro do Dow Jones sobe 0,13%, do S&P 500 estável e do Nasdaq cai 0,11%.
Brasil: aqui, a euforia do mercado doméstico com o inesperado crescimento econômico (PIB) de 1,2% no primeiro trimestre, trouxe um forte ajuste positivo para os ativos brasileiros, com o Ibovespa batendo recordes em série e o dólar já vale menos do que R$ 5,15, no ciclo positivo da atividade econômica. E neste cenário mais otimista, hoje será divulgado a produção industrial em abril que deve ser considerada um termômetro para medir a recuperação econômica no segundo trimestre. O risco de pano de fundo continua sendo a crise hídrica, que ganhou novos alertas ontem, mas ainda não compromete as melhores apostas para o crescimento do Brasil.
Ibovespa: renovou pela terceira sessão seguida o recorde histórico de fechamento, em alta de 1,63%, aos 128.267,05 pontos, com giro forte de R$ 43 bilhões. Indicadores traçaram cenário de menor risco e minimizaram incertezas sobre as reformas, crise hídrica, a vacinação lenta e CPI da Covid. O IBOV segue em tendência de alta no curto e longo prazo e sem resistências pela frente ou sinais de possíveis correções.
Indicadores: |
Fipe: IPC de maio projeta mediana de 0,41% (5h) |
Zona do euro/Eurostat: PPI de abril (6h) |
FGV: IPC-S Capitais de maio (8h) |
IBGE: Produção industrial de abril projeta mediana negativa em 0,20%, na margem (9h) |
CPI da Covid: Depoimento da médica Luana Araújo, ex-secretária de enfrentamento à Covid do Ministério da Saúde (9h30) |
BC: Fluxo cambial semanal (14h30) |
EUA: Fed divulga Livro Bege (15h) |
EUA/API: Estoques de petróleo e derivados da semana até 28/05 (17h30) |
Japão/Jibun Bank/IHS Markit: PMI composto e PMI serviços de maio (21h30) |
China/Caixin/IHS Markit: PMI composto e PMI serviços de maio (22h45) |
Veja também:
• Quais países estão crescendo mais que o Brasil? Veja ranking do PIB.
• Os FIIs fora do radar que pagam dividendos de até 18% ao ano.
• Ibovespa em junho: 3 assuntos que podem impactar os investimentos.