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Análise

Morning Call: política monetária ultra-expansionista mantém bolsas em alta

Os principais fatos que podem impactar os mercados hoje, os destaques do pregão anterior e uma breve análise do índice Bovespa.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, volta ao centro das atenções nesta quinta-feira com alguns eventos de alcance internacional no decorrer do dia. Guedes participa do 2021 Brazil Economic Summit e de reuniões de Primavera do FMI. Apesar do alcance, não devemos esperar muitas novidades além do otimismo exagerado do ministro com poucos efeitos práticos, o investidor já está vacinado neste aspecto. Ontem à noite, Guedes afirmou após jantar do presidente Jair Bolsonaro com importantes empresários em São Paulo, que a economia brasileira está se reerguendo, mas ressaltou que é preciso avançar na vacinação em massa no país para sustentar o crescimento. 

Mas, a maior preocupação e expectativas continuam pelas indefinições relacionadas ao Orçamento de 2021, pois a situação fiscal do país é o principal fator que pode pesar na bolsa brasileira daqui para frente. Enquanto isso, no exterior o dólar e os rendimentos dos Treasuries recuavam com sinais “dovish” do Federal Reserve.

Europa: as bolsas europeias operam em alta nesta manhã, ajudadas pelas expectativas de recuperação econômica, após o Federal Reserve, em ata do FOMC, ter reafirmado seu compromisso com uma política monetária expansionista. A ata vê uma recuperação econômica rápida nos Estados Unidos, mas indicou que muito progresso ainda tem de ser alcançado antes de mudar as taxas de juros e o ritmo de compras de títulos. Além disso, na Alemanha: as encomendas à indústria cresceram 1,2% em fevereiro ante janeiro, mais que a previsão de alta de 1%. A bolsa de Frankfurt estava estável (+0,01%), Londres subia 0,24% e Paris +0,40%.

NY/Futuros: Dow Jones sobe 0,03%, S&P 500 +0,31% e Nasdaq +0,84%; yield da T-note de 10 anos recua a 1,65020% (1,67220%).

Commodities: Petróleo tipo Brent cai 0,47%, aos US$ 62,86 o barril; Ouro sobe 0,21%, cotado a US$ 1.745,22 a onça-troy; Minério de ferro cai 0,31% em Qingdao, para US$ 173,10 a tonelada.

Câmbio: o dólar fechou em alta na quarta-feira, movimento inicialmente puxado pela tomada de fôlego da moeda no exterior, porém piorou no Brasil após declarações do presidente Jair Bolsonaro entendidas como ameaça de intervenção na Petrobras e críticas à vacinação. Dólar/Real: +0,79%, a R$ 5,6456.

IBOV: o índice Bovespa teve mais uma sessão volátil na quarta-feira, fechando com uma alta discreta, com volume abaixo da média, enquanto investidores continuam no aguardo de definições relacionadas ao Orçamento e medidas contra a pandemia de coronavírus. Ibovespa subiu 0,11%, a 117.623,58 pontos, com volume financeiro de R$ 28,6 bi. O IBOV retoma uma tendência de alta no curto prazo, após operar próximo do nível dos 117 mil pontos e tenta sair de uma zona de congestão em torno dos 115 mil pontos. No longo prazo, ao ficar acima da média móvel de 200 períodos (linha azul), mantém a sua tendência de alta.

Indicadores:
Brasil
STF retoma julgamento da ação sobre a liberação de missas e cultos na pandemia
Paulo Guedes e Roberto Campos Neto participam de Reuniões de Primavera do FMI (7h às 11h)
FGV: IPC-S da primeira quadrissemana de abril (8h)
Tesouro faz leilão de venda de LTN, NTN-F e LFT (11h)
USA
Dpto Trabalho: Pedidos de auxílio-desemprego da semana até 3/4 (9h30)
FMI: Kristalina Georgieva concede coletiva na Reunião de Primavera (11h30)
Europa
Zona do euro/Eurostat: PPI de fevereiro (6h)
Alemanha: BCE divulga ata da reunião de política monetária (8h30)    
Ásia
China/NBS: CPI e PPI de março (22h)

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