Destaques (José Falcão Castro):
- A semana abre com a boa notícia de que os americanos começam a receber hoje a vacina da Pfizer, apesar da Alemanha anunciar a retomada do lockdown na 4ªF. E no dia que se inicia a vacinação em massa nos EUA, os mercados globais abrem a semana em alta; Dow Jones futuro avança 0,71%, S&P 500 (+0,61%), Nasdaq (+0,41%);
- Reuniões dos Bancos Centrais nos EUA, Japão e Zona d Euro, nesta semana, podem decidir novos estímulos em meio à segunda onda da pandemia e incertezas sobre a aprovação do pacote fiscal nos EUA;
- Porém, um grupo de parlamentares democratas e republicanos apresentará ao Congresso projeto de socorro no valor de US$ 908 bilhões, mas sem garantia de aprovação;
- A libra sobe forte com com a extensão das negociações por acordo comercial no Brexit, que seriam encerradas ontem (13 de dezembro), porém sem avanços e ambos os lados se preparam para um ruptura sem acordo; a Eurostat divulgou produção industrial da zona do euro em outubro (+2,1%), melhor que a projeção (+1,9%); Frankfurt sobe 1,11%, Londres (+0,30%), Paris (+1,05%), Madri (+1,70%), Milão (+1,12%), Lisboa (+0,87%);
- Aqui, com os casos de Covid-19 aumentando rapidamente, o governo sofre pressão, após apresentar ao STF um plano de vacinação sem datas, pois depende da Anvisa e dos prazos estabelecidos pela Agência;
- E o jogo político em torno da vacina continua, o plano não incluiu a Coronavac do Butantan e estas incertezas, somadas a situação fiscal, em algum momento serão precificadas na bolsa brasileira.
Análise Gráfica – IBOV (Hugo Carone):
- Subimos novamente o ajusta de suporte imediato para o índice, 113.200 e enquanto trabalhar acima desta faixa, a força de curto prazo continua sendo compradora;
- Estamos de olho na faixa de topo histórico, porém 116.500 pode ser uma barreira no caminho.
Cenário macroeconômico (Murilo Breder):
- Após passar o dia inteiro no terreno negativo, o Ibovespa zerou as perdas no final da tarde da sexta-feira (11/12). O pregão marcou a sexta semana consecutiva de alta na Bolsa brasileira. O avanço semanal foi de 1,2%. O principal índice de ações brasileiro está muito próximo do fechamento do último pregão de 2019, quase zerando as perdas no ano mesmo após a queda de 30% durante o pânico de março;
- O motivo da queda durante todo o pregão foi o adiamento da PEC emergencial. O senador Márcio Bittar (MDB-AC), relator da PEC, informou que a apresentação e conclusão do relatório sobre o projeto ficará para 2021. Bittar citou que a complexidade das discussões exige mais negociações. A notícia frustrou o mercado pois a expectativa era a oposta: a de que o texto fosse apresentado ainda nesta sexta-feira (11);
- O pessimismo também foi fortalecido após o aviso da agência de rating S&P. Ela reiterou o rating do Brasil, mas alertou que ele pode cair caso o compromisso da classe política com o fiscal também recue;
- A recuperação veio após o Senado dos EUA conseguir aprovar uma extensão de uma semana das atuais medidas emergenciais de auxílio à economia, dando algum fôlego para as negociações do novo pacote bilionário.
Cenário corporativo (Murilo Breder):
- Entre as maiores altas do dia estão as ações da Eletrobras (ELET3/ELET6). Circula na mídia a notícia de que Eduardo Gomes (MDB-TO), líder do governo no Congresso, afirmou que a desestatização da companhia entrará na pauta com certeza no primeiro semestre de 2021. Apesar de não ser um dos favoritos, ele é um dos cotados para a presidência do Senado em substituição a Davi Alcolumbre (DEM-AP). As ações ELET3 foram a maior alta do Ibovespa ao dispararem 5,7%;
- Apesar de não ser uma das maiores altas de hoje, a B3 (B3SA3, +1,1%) também merece destaque. A companhia divulgou na véspera os seus dados operacionais de novembro. O número de investidores ativos na Bolsa agora atingiu 3,2 milhões (+98% ante novembro do ano passado). Outro destaque é para o crescimento forte do volume negociado no segmento ações, que atingiu 34,2 bilhões de reais, aumento de 75% em relação ao mesmo período de 2019 e de 20% em relação a outubro.
Indicadores |
Brasil: |
Boletim Focus (Banco Central) |
IBC-Br (Banco Central): projeta-se subir em torno de 1,10% em outubro, na margem (9h) |
Balança comercial semanal |
EUA: |
Europa: |
Zona do Euro: Produção Industrial |
Áustria: relatório mensal da Opep |
Ásia: |
China: Produção Industrial / Vendas no Varejo |
Japão: Produção Industrial |
* Esse é um conteúdo de análise de um especialista de investimentos da Easynvest, sem cunho jornalístico.