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Finanças

Resumo dos Analistas: IBOV volta ao nível da dramática quarta-feira de cinzas

Os principais fatos que podem impactar os mercados hoje, os destaques de ontem e uma breve análise do índice Bovespa.

Destaques (José Falcão Castro):

  • Na véspera de feriado do Dia de Ação de Graças nos EUA, que fechará as bolsas amanhã em Nova York, teremos um dia com agenda cheia de indicadores econômicos importantes. Além disso, terá Ata da última reunião de política monetária (Fed) em meio a um momento de grande otimismo dos mercados com vacinas, transição do governo e a indicação de Janet Yellen para o Tesouro, por Biden;
  • Após a máxima histórica de ontem no Dow Jones e no S&P 500, os índices futuros adotam cautela em dia de agenda lotada e antes da abertura em NY saem a revisão do PIB do terceiro trimestre e pedidos semanais de seguro-desemprego; Dow Jones futuro cai 0,15% e Nasdaq sobe 0,20%; as bolsas europeias seguem a cautela dos EUA e operam majoritariamente em baixa; Frankfurt cai 0,30%, Londres (-0,41%) e Paris (-0,10%);
  • Há cautela também com Brexit, depois que o presidente da Comissão Europeia disse que europeus estão preparados para não haver acordo com Reino Unido;
  • A alta do petróleo continua puxada pelo otimismo com vacinas, o tipo Brent para janeiro sobe 1,54%, cotado a US$ 48,50;
  • No Brasil, o Senado tentará votar hoje a Lei de Falências, enquanto o câmbio tem dados importantes do Banco Central, com a nota do setor externo e o fluxo semanal;
  • Na bolsa brasileira, após 13 pregões consecutivos de entrada de capital estrangeiro, há uma expectativa para ver se os recursos vieram para ficar ou se são movimentos especulativos.  

Análise Gráfica – IBOV (José Falcão Castro):

  • O índice Bovespa confirmou definitivamente a retomada da sua tendência principal de alta, ao se afastar da última resistência (105.700 pontos) e de quebra ultrapassou os 109.000 alcançando níveis de 26 de fevereiro, a dramática quarta-feira de cinzas em que o IBOV caiu 7%;
  • No curto prazo, o IBOV continua em forte tendência de alta e vai consolidando também no longo prazo, ao se afastando das médias móveis de 21 e 200 períodos;

Cenário macroeconômico (Murilo Breder):

  • Além do otimismo com o avanço das vacinas contra o novo coronavírus, a autorização da transição de governo e os primeiros nomes escolhidos por Joe Biden para compor sua equipe animaram os mercados nesta terça-feira (24);
  • A primeira forte reação já havia ocorrido com o rumor de que a ex-presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, deverá ser a secretária de Tesouro de Biden, cargo equivalente ao de Ministro da Economia. Mas foi com a notícia de que Donald Trump autorizou a transição de governo que levou Wall Street a subir forte nesta terça-feira (24). O Dow Jones, por exemplo, subiu 1,6%, superando pela primeira vez na história a marca de 30 mil pontos;
  • Isso anima os investidores principalmente porque sinaliza o fim das incertezas sobre o resultado da eleição. As indicações de Biden mostram um governo americano mais alinhado com a globalização, o que pode reduzir as tensões internacionais e aumentar o apetite pelos riscos, beneficiando economias emergentes como o Brasil;
  • Além disso, a vacina Sputnik V da Rússia apresentou mais de 95% de eficácia, segundo a fabricante, sendo uma das mais baratas até agora, com preço estimado em menos de R$ 55 por dose;
  • Enquanto na véspera havia notícias de que a ala política do governo pretendia prorrogar o Auxílio Emergencial por dois ou três meses no início de 2021, piorando as perspectivas para a normalização da situação fiscal, o ministro da Economia Paulo Guedes voltou a descartar a prorrogação do auxílio emergencial para além do final de dezembro;
  • Dessa forma, com as notícias acima, o dólar recuou -1,1%, fechando em R$ 5,37. Já o Ibovespa fechou em forte alta de +2,34% e fechou em 109.786 pontos.

 Cenário corporativo (Murilo Breder):

  • Três grandes setores se destacaram e puxaram o índice nesta terça: commodities, bancos e shoppings;
  • Dentre eles, o principal destaque é para as ações da Petrobras (PETR4, +4,9%). Além da retomada do preço do petróleo, a companhia anunciou o adiantamento no pagamento de dívidas emitidas no Exterior no valor total de 2 bilhões de dólares. Os recursos para o pagamento virão do caixa próprio da companhia;
  • O pré-pagamento de dívidas é mais um passo em direção à redução do endividamento da Petrobras. O valor é significativo considerando o valor restante necessária para a empresa atingir a meta de endividamento bruto.
Indicadores
Brasil:
Fluxo cambial semanal 
Relatório mensal da dívida pública federal (Tesouro Nacional)
Sondagem do consumidor (FGV)
Sondagem da construção (FGV)
EUA:
PIB (revisão referente ao 3TRI)
Ata da última reunião de política monetária (Fed)
Confiança do consumidor (Universidade de Michigan)
Poços de petróleo em atividade (Baker Hughes) / Estoques de petróleo (DOE)
Encomendas de bens duráveis (Departamento do Comércio) 
Estoques no atacado (Departamento do Comércio)
Lucros corporativos (Departamento do Comércio)
Pedidos de seguro-desemprego semanal (Departamento do Trabalho))
Renda e Gastos Pessoais (Departamento do Trabalho)
Vendas de casas novas 

* Esse é um conteúdo de análise de um especialista de investimentos da Easynvest, sem cunho jornalístico. 

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