A Natura (NTCO3), dona das marcas Avon, The Body Shop e Aesol viu seu lucro líquido do quarto trimestre subir quase 300% apesar do recuo de 3% em sua receita (quando comparado a igual período do ano anterior). E este resultado está ligado à integração com a Avon.
Mas apesar de a Natura ser uma empresa brasileira, é no exterior que a companhia vem se sobressaindo. No Brasil, o ambiente vem sendo considerado “difícil”, segundo as palavras do CEO e presidente do grupo durante teleconferência de resultados.
Mas não é de hoje que o desempenho no Brasil vem perdendo fôlego. Ainda no final de 2021 com o cenário de inflação mais acelerada, a Natura também foi impactada, porém, não tanto quanto a Avon. Mas conforme apontou a companhia em relatório aos investidores, a queda na receita foi menor do que o registrado em todo o setor. Segundo dados da associação que representa a indústria da beleza e cosméticos, as categorias em que a marca opera recuaram 12,5% em vendas no quarto trimestre, enquanto a Natura caiu 6,4%.
Apesar da queda recente em suas ações mesmo com os resultados sendo considerados fortes pelo mercado, agora – ao que tudo indica – os papéis da companhia voltaram a retomar o fôlego. Em um mês, as ações NTCO3 saíram dos R$ 20,75 para R$ 25,79 (segundo fechamento do dia 13 de abril). Uma alta de 24,2%.
Neste Cafeína, Samy Dana e Dony De Nuccio analisam as ações da Natura, seus fundamentos e o que apontam analistas.