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Finanças

Mais negociadas, porém, descontadas: por que MELI34 segue ‘andando de lado’?

Levantamento da Economatica aponta que o Mercado Livre é o ativo mais líquido da América Latina. Mas ações seguem penalizadas.

Durante a pandemia, o Mercado Livre (MELI34) viu seu negócio expandir, aumentar as receitas, e seus BDRs negociados na B3 darem um salto de vinte reais para setenta e dois reais (em janeiro de 2021). Porém, em dezembro também de 2021, os recibos de ações estavam sendo negociados na faixa de cinquenta e nove reais. O que é uma queda de 18%.

Esse movimento que vem acontecendo com a empresa de e-commerce, que hoje também atua no setor de pagamentos, concorrendo com Pic Pay, entre outros players, é o mesmo visto nas ações de Magalu (MGLU3), Via (VIIA3), entre outras varejistas online.

Segundo um levantamento da Economatica, os ADRs do Mercado Livre que são negociados na Nasdaq são os ativos mais líquidos da América Latina. São negociados todos os dias uma média de setecentos e dezesseis milhões de dólares apenas em ADRs da companhia argentina. O papel teve um acréscimo de quase 39% em relação ao volume financeiro de 2020.

Já o segundo papel mais líquido da América Latina é o ADR da Vale (VALE3). A mineradora negocia diariamente na NYSE –  a bolsa de Nova York – o montante de quinhentos e cinquenta e dois milhões de dólares. Avaliada em quase trezentos e noventa e nove bilhões de reais, a Vale está atualmente no posto da empresa mais valiosa da América Latina, lugar antes ocupado pelo Mercado Livre, mas que com a queda de suas ações, acabou ficando no segundo lugar.

Essa queda nos papeis foi vista como injustificada pelo banco americano Citi, que em novembro, apontou que as ações estavam sendo penalizadas tanto quanto as da Stone e Pag Seguro. Em tempo: o Mercado Livre é dono do Mercado Pago. Os analistas sugeriram que por mais que o ramo de atuação seja desafiador, com custos altos e grande concorrência, o Mercado Livre tem mais vantagens.

Isso porque olhando pelo lado operacional, o banco americano vê o Mercado Livre abrindo vantagem sobre seus rivais na América Latina em temos de maior oferta de produtos, de serviços para clientes e compradores, além da logística.

Já o Goldman Sachs não é tão otimista assim e vê o copo meio vazio. Em relatório de dezembro, analistas do banco citaram como alertas a aceleração da curva de juros, a migração de investimentos de ações de crescimento para ações de valor, preocupações com questões macroeconômicas, aumento nos custos de financiamento e acirramento da concorrência.

Já o ponto positivo visto pelo Goldman foi que, depois de o Mercado Livre ter recebido licença para atuar como instituição financeira, foi possível diversificar suas fontes de financiamento, passando a usar também a emissão de letras financeiras e CDBs, que costumam ser mais baratos do que FIDCs e linhas de crédito com outras instituições.

No Cafeína desta sexta-feira,14, Samy Dana e Dony De Nuccio fazem um raio-x do Mercado Livre.

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Este conteúdo é de cunho jornalístico e informativo e não deve ser considerado como oferta, recomendação ou orientação de compra ou venda de ativos.

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