O efeito pandemia tem mudado a relação das pessoas com as coisas, seja pelo isolamento social, como pela parte que toca: o bolso. Além disso, tem crescido mundialmente o movimento pelo consumo consciente e sustentável.
Com as restrições de funcionamento do comércio presencial durante a pandemia de covid-19, o e-commerce cresceu, empresas do setor viram suas receitas subirem, e, algumas empresas que tinham um crescimento tímido no decorrer dos anos deslancharam. E os brechós online são um exemplo disto.
Segundo a provedora de dados britânica GlobalData, quatro em cada cinco pessoas estão abertas a comprar itens de segunda mão quando o bolso aperta. Já duas a cada três pessoas que nunca haviam vendido suas roupas dizem estar dispostas à prática. Pode-se dizer que a crise econômica causada pelo coronavírus acelerou uma outra economia: a circular.
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E com este movimento, a Enjoei (ENJU3) divulgou em seu relatório aos investidores que o número de novos usuários compradores triplicou no terceiro trimestre de 2020 quando comparado a igual período de 2019. A companhia saltou de 58,2 mil compradores para 182 mil. Já o número de compradores ativos, isto é, aqueles que realizaram ao menos uma compra nos últimos doze meses, cresceu 98%, atingindo 660 mil.
Já quando analisado o número de novos vendedores, a Enjoei registrou um salto superior a 76%, saindo dos 85 mil no terceiro trimestre de 2019 para 150 mil no terceiro trimestre de 2020. Outro dado relevante é o aumento dos itens enviados para venda na plataforma: foram 3,3 milhões de novos produtos anunciados, contra 1,8 milhão no terceiro trimestre de 2019.
A galope destes números, a receita bruta e a líquida avançaram 51% e 52% respectivamente. Ou seja: o efeito pandemia de fato chegou no bolso das pessoas, além mudar a antiga cultura de não aceitação de produtos seminovos.
No Cafeína desta quarta-feira (24), Samy e Dony analisam o cenário mundial de compras online de itens de segunda mão.
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