Cogna (COGN3), Ser (SEER3), Yduqs (YDUQ3) e Ânima (ANIM3) – quatro empresas privadas do ramo de educação superior – vêm amargando quedas nas suas ações apesar do retorno às salas de aula. Apesar do balanço do ano completo de 2021 ter vindo em partes melhor para estas companhias, o mercado ainda não está tão otimista com o setor.
Juros e inflação em alta são os vilões para essas empresas cujos cursos têm em sua maioria menor tícket médio e alunos que tiveram a renda impactada na pandemia. A excessão se aplica aos cursos de medicina, um nicho que todas essas companhias vêm apostando dado o maior valor cobrado nas mensalidades. Cursos mais caros alavancam o caixa e ajudam a pagar os custos fixos dos prédios – sejam eles alugados ou próprios. Não foi incomum a entrega de espaços físicos na pandemia.
A Kroton, que é da Cogna Educação, ao ver reduzir seu número de alunos, usou como estratégia readequar os cursos de menor rentabilidade para serem feitos à distância ou de forma híbrida. O que acaba barateando o custo das mensalidades, atraindo alunos e aumentando a retenção destes. Desde então o problema de inadimplência tem sido menor.
Neste Cafeína, Samy Dana e Dony De Nuccio analisam quais estratégias os quatro grupos vêm adotando para alavancar as receitas, reter alunos e ver suas ações voltarem a ganhar fôlego.