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Gerencie como uma mãe: demonstre o que você espera!

A escritora Valerie Cockerell destaca a importância de líderes praticarem aquilo que pregam e de admitirem erros

Provavelmente, estas frases lhe soam muito familiares:
“Não interrompa os outros”;
“Olhe nos olhos das pessoas quando falar com elas”;
“Não use o telefone enquanto dirige”;
“Seja atencioso e gentil com os outros”;
“Cuide-se”;
“Não grite”;
“Não minta”;
E assim por diante.

Você ouviu isso muitas vezes na sua infância ou disse essas frases como um pai esperando que seu filho siga suas recomendações cegamente. Independentemente da sua situação específica, provavelmente você já sabe que nada disso traz resultados se você não praticar o que prega. As crianças estão mais inclinadas a seguir o que seus pais fazem e não o que dizem.

Crianças observam como a mãe ou o pai age e rapidamente – e bastante instintivamente – imitam o que veem. É por isso que os bebês respondem da mesma forma se você sorri para eles ou faz caretas engraçadas. É por isso que os bebês acenam se você acenar e replicam sua linguagem corporal, até mesmo o seu tom de voz. É assim que as crianças aprendem as regras básicas de interação e os adolescentes entendem o que é aceitável e o que não é.

Quando o comportamento corresponde à instrução verbal, valida a lição e torna a “aprendizagem por observação” mais impactante. No entanto, quando há uma discrepância entre o que está sendo dito e o que realmente é feito, isso não apenas mina a mensagem, mas afeta a credibilidade do mensageiro. E como qualquer mãe lhe diria, as crianças vão corrigir você… especialmente os adolescentes. Eles vão dizer a você sem rodeios quando e onde você cometeu um erro, mostrou mau julgamento ou não seguiu seu próprio conselho.

Gestão e liderança

Como líderes, estamos enfrentando o mesmo dilema. Os membros de nossa equipe prestam atenção ao que dizemos, mas também observam cuidadosamente o que fazemos. Se estabelecemos expectativas muito claras, mas não cumprimos nossos próprios padrões, nossa equipe provavelmente concluirá que tais expectativas não são tão importantes, afinal.

Imagine se você estabelecesse padrões de segurança muito rígidos para sua organização e passasse pelo estacionamento a 72 km/h. Que mensagem você estaria enviando? Que as regras se aplicam a todos menos a você? E se você exigir que seus funcionários sejam pontuais e chegar atrasado às reuniões da equipe? E se você esperar que os membros da sua equipe tratem seus clientes com respeito, e ainda assim, não puder demonstrar a mesma cortesia com sua própria equipe? Como isso vai funcionar?

Os membros da sua equipe podem não ser tão explícitos sobre a discrepância que testemunham como os adolescentes são, principalmente porque temem retaliação ou as consequências que vêm com o desafio ao chefe. Mas você perderá credibilidade. E a falta de consistência minará a confiança dentro da organização. Lentamente – e seguramente – isso fará com que os membros da sua equipe busquem sua felicidade em outro lugar.

Como líderes, devemos constantemente fazer uma autoavaliação de nossos próprios comportamentos: estamos sendo consistentes entre o que é dito e o que é feito? Estamos demonstrando o que esperamos de nossa equipe? Estamos nos comportando de maneira consistente com nossas palavras e nossos valores?

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É muito fácil se afastar de nossas próprias diretrizes. Certamente fazemos isso como mães. No meio da confusão, perdemos a paciência, pegamos atalhos, dizemos algo lamentável e, em algum momento, somos flagrados pelo olhar atento de nossos filhos.

Para líderes, um pouco de auto-análise também revelará algumas lacunas entre palavras e ações. É inevitável. Mas como reagimos a isso pode fortalecer ou erodir a base de confiança em nossa organização.

Alguns líderes estarão em negação e outros ignorarão a importância e relevância de suas próprias falhas (“afinal, sou o chefe e posso fazer o que quiser”). A equipe concluirá que seu líder não é confiável e não se responsabiliza pelo que faz.

Os melhores líderes admitirão seus erros e reconhecerão para a equipe que seus comportamentos são inconsistentes com os padrões esperados. Não seria de esperar que seus funcionários fizessem o mesmo para que os erros possam ser corrigidos? Embora não seja fácil de fazer, essa demonstração de humildade enviará a mensagem de que erros são aceitáveis e que ninguém é esperado que seja perfeito, aliviando assim a pressão de toda a equipe.

Admitir seus próprios erros e mostrar vulnerabilidade não é uma demonstração de fraqueza, mas sim um ato de coragem. A longo prazo, isso criará um ambiente onde os membros da equipe assumirão seus erros ou omissões, corrigirão erros conforme eles surgirem, fornecerão críticas construtivas uns aos outros e serão uma equipe mais colaborativa e solidária como um todo. A confiança será a cola que mantém a equipe confiante, engajada e, mais importante, evoluindo.

As crianças aprendem com suas mães de mais de uma maneira: com as recomendações diárias, os insights inteligentes, pelo comportamento e também por erros e percalços de suas mães. Quando esses erros são reconhecidos, discutidos e corrigidos, todos podem seguir em frente para serem pessoas melhores. O mesmo vale para os membros da equipe.

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