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A vantagem do investidor pessoa física

Tiago Reis

Uma tendência que tem ocorrido no mercado financeiro é o aumento do número de pessoas físicas nas bolsas de valores, tanto aqui no Brasil quanto nos Estados Unidos. Já somos mais de 3 milhões de investidores no país, mas muitos não sabem qual a sua maior vantagem em relação ao investidor institucional.

O caso da GameStop trouxe à tona uma discussão interessante sobre os investidores pessoa física. A empresa varejista americana, que subiu mais de quatro dígitos em pouco tempo, levou grandes fundos de investimentos ao prejuízo.

Na ocasião, muito se falou sobre os malefícios e perigos das operações vendidas (short), bem como as perdas irreparáveis no patrimônio que este tipo de operação pode causar. Aliás, houve quem dissesse que se tratava de uma revanche do pequeno investidor em relação aos grandes investidores institucionais.

Particularmente, apesar de toda a repercussão, acredito que algo muito valioso que não foi discutido é justamente as vantagens do pequeno investidor em relação aos grandes investidores institucionais. Sem esse conhecimento, muitos investidores acabam não tirando proveito dela.

A vantagem dos pequenos investidores é relativamente simples e envolve justamente o pouco capital disponível.

Explico. Imagine uma empresa pequena (para a bolsa de valores), cujo valor de mercado é de R$ 100 milhões, a qual chamamos de X. Por outro lado, imagine grandes fundos que possuem mais de R$ 1 bilhão de patrimônio para investir, os quais chamamos de Y.

Neste exemplo, somente 30% do Free float da empresa X está sendo negociado na bolsa de valores, ou seja, aproximadamente R$ 30 milhões. Imagine que se trata da melhor empresa do planeta, que possui um balanço sólido, uma forte geração de caixa e vantagens competitivas que impedem novas empresas de adentrarem no seu negócio.

Por melhor que seja a empresa, a liquidez do ativo X é muito baixa, de modo que os grandes investidores não se sentem motivados a investir nela. Se o fundo adquirir 20% da empresa, isso representará apenas uma parte muito pequena do fundo.

Como consequência da pouca procura, muitas boas empresas são deixadas de lado pelo mercado, causando uma assimetria de informação – que deve ser encarada como uma oportunidade aos pequenos investidores.

A escassez de informações – e de procura por grandes investidores – faz com que ótimas companhias sejam negociadas a múltiplos baixos – descontadas –, concedendo aos pequenos investidores uma ótima oportunidade de multiplicar o capital por muitas vezes.

E isso não é vender um sonho. Trata-se de um fato.

O lendário investidor americano Peter Lynch, gestor de um dos maiores fundos dá época, com bilhões de dólares, já afirmou em inúmeras ocasiões que os pequenos investidores devem focar no seu ciclo de competência e, de preferência, buscar empresas com alto potencial de valorização.

Vejo muitos investidores preocupados em saber usar os derivados, ou como operar vendido, mas poucos interessados em investir em pequenas empresas (Small Caps), desperdiçando a verdadeira vantagem do pequeno investir.

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