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Primeira Marcha

Fórmula E indica como será o futuro do carro elétrico

Categoria usa tecnologias que podem equipar automóveis nos próximos anos.

Imagem de divulgação

A Fórmula E nem de longe possui a mesma popularidade da Fórmula 1. Nem poderia ser diferente: além de ter mais de 70 anos de história, a maior categoria do automobilismo já teve alguns dos maiores ídolos do esporte e conquistou uma nova geração de fãs após o lançamento da série “Drive to Survive”, que já está em sua quinta temporada na Netflix.

Mesmo assim, a principal categoria de carros elétricos do planeta não é completamente desconhecida. Além de ter a chancela da FIA (a federação responsável por regulamentar o automobilismo mundial), ela exerce o mesmo papel da Fórmula 1 na indústria automotiva. Ou seja, é um laboratório de desenvolvimento de tecnologias que podem chegar aos carros normais em poucos anos.

Novo carro é o mais moderno e rápido da categoria

O carro da atual temporada é conhecido como Gen3 e traz evoluções importantes em relação aos projetos anteriores – e vários conceitos que podem ser replicados nos automóveis de passeio.

Ele é impulsionado por dois motores elétricos (um em cada eixo, como nos esportivos movidos a eletricidade) e tem potência máxima de 350 kW (476 cv), contra 250 kW (340 cv) de seu antecessor.

O peso foi reduzido de 900 kg para 760 kg, enquanto a capacidade de regeneração de energia foi aumentada de 25% para 40% durante uma corrida. É por isso que os veículos iniciam a prova com, no máximo, 60% de carga nas baterias.

Por falar nelas, está aí um dos recursos que podem fazer a diferença no mundo real. As novas baterias da Fórmula E foram desenvolvidas pela Williams (sim, a mesma empresa que mantém a equipe de Fórmula 1) e trazem uma tecnologia inédita de recarregamento, permitindo que os carros possam realizar pit stops no meio da corrida. A novidade deve ser testada na categoria ainda nesta temporada.

E o que pode chegar às ruas?

Para os carros de rua, isso significa que o tempo de recarga poderia cair drasticamente em relação ao cenário atual, no qual é possível obter 80% da carga total em menos de uma hora. Com isso, a autonomia limitada de alguns modelos atuais (que não podem rodar mais do que 200 km) deixaria de ser um empecilho.

No entanto, esse cenário perfeito ainda está restrito a alguns modelos de carro elétrico e desde que se utilize uma estação de recarga rápida – ainda raras no Brasil. 

A primeira corrida de Fórmula E realizada no Brasil aconteceu em março de 2023, no Sambódromo de São Paulo, e foi vencida por Mitch Evans, da Jaguar. Esta é a oitava temporada da categoria de carros elétricos e dois brasileiros já foram campeões: Nelson Piquet Jr e Lucas Di Grassi.

As informações desta coluna são de inteira responsabilidade do autor e não do InvestNews e das instituições com as quais ele possui ligação. 

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