Mesmo assim, outro segmento desponta como a próxima onda no país. As picapes estão passando por uma fase de transformação e prometem se popularizar nos próximos anos.
As estreias do ano
Duas novidades foram lançadas recentemente. No começo de abril, a Nissan lançou a nova Frontier, que trouxe design repaginado e novas versões. Semana passada foi a vez da Renault apresentar a nova Oroch, cuja maior atração é a oferta do motor 1.3 turboflex de até 170 cv e 27,5 kgfm.
Outra estreia importante foi a da Ram 3500. Embora seja uma variação da conhecida 2500, a maior picape do país se diferencia pela capacidade de carga de 1.752 quilos e por rebocar nada menos do que nove toneladas.
O motor 6.7 produzido pela Cummins entrega 377 cv e 117,2 kgfm de torque máximo, fazendo da 3500 a picape movida a diesel mais potente do país.
Disponível em três versões, a 3500 beira os R$ 530 mil na versão Limited Longhorn. Em tempo: assim como a 2500, a 3500 só pode ser dirigida por quem possui carteira de habilitação de caminhões.
No segundo semestre, a Peugeot deve apresentar a Landtrek. A primeira picape de porte médio da marca será trazida do Uruguai e é fruto de um projeto desenvolvido na China pela Changan, onde é vendida como Kaicene F70.
Importantes mudanças foram feitas no modelo para ser vendida pela Peugeot no mercado uruguaio e no México. Além do design repaginado para se adequar à identidade visual da marca, a Stellantis também deve realizar melhorias nas motorizações.
O que vem em 2023?
A Ford, que trouxe a inédita Maverick no começo do ano, deve revelar a nova Ranger em 2023. Fabricada na Argentina, a picape foi modernizada em sua nova geração e traz motorizações inéditas, como a 3.0 V6 turbodiesel de 250 cv vinda da F-150.
Por falar nela, ainda não está descartada sua importação para cá. Campeã de vendas nos Estados Unidos há mais de três décadas, a picape poderia ser uma forte concorrente para a Ram 1500.
Até agora, porém, a estreia mais aguardada é a da nova Chevrolet Montana. Com lançamento confirmado para 2023, o modelo será produzido na fábrica de São Caetano do Sul (SP), que recebeu investimentos para ser modernizada.
Flagras de protótipos que já rodam pelo Brasil revelam que a Montana terá porte parecido ao da Oroch – ou seja, um pouco menor do que a Fiat Toro, atual referência na categoria de picapes de porte intermediário.
Ainda não há definição de qual motorização vai equipar a nova picape. Há quem aposte no 1.2 turbo de 133 cv que equipa o Tracker. Mas não se espante se a Montana estrear o inédito 1.3 utilizado no Tracker chinês, que entrega 164 cv – e parece mais apropriado para um veículo como uma picape.
*Vitor Matsubara é jornalista automotivo e editor do Primeira Marcha. Tem passagens por Quatro Rodas, de 2008 a 2018, e UOL Carros, de 2018 a 2020. |
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