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Histórias ensinam e geram influência. Você sabe qual é a sua?

Em meu primeiro texto no Investnews, divido com você uma reflexão sobre minha trajetória até fundar o Fin4She.

Recentemente eu fiz um curso de storytelling e aprendi sobre a importância de contar uma história. Afinal as histórias ensinam, posicionam e geram influência. Porém, o primeiro passo é saber contar a nossa própria história.

Por isso, neste meu primeiro texto no Investnews, divido com você uma reflexão sobre como eu cheguei até aqui. Ou seja, um pouco da minha história.

Vontade de liderar

Desde criança eu gostava de liderar, tanto nos esportes, nas brincadeiras como na escola. Competitiva e um tanto quanto sonhadora, lembro que queria realizar grandes negócios e mudar o mundo.

Nasci em 1983, no interior de São Paulo, e saí de casa com 16 anos de idade para fazer intercâmbio no Canadá. Aos 18 anos, já estava de volta e morando sozinha na capital de São Paulo. Sempre gostei de mudanças e dos desafios que elas traziam. Isso, de certa forma, é o que me movia.

OUÇA: O espaço da mulher no mundo das finanças

Depois de morar fora do Brasil, escolhi cursar relações internacionais. Pensei em seguir carreira como diplomata ou trabalhar em alguma organização internacional. Sempre tive uma vontade grande dentro de mim de trabalhar com pessoas, de ajudar, conectar, inspirar e me sentir inspirada.

Durante esse período, lembro de surgirem algumas preocupações e cobranças (próprias) para trabalhar e começar a ter minha independência financeira.

Resgatando algumas memórias, lembro sempre de minha mãe me dizendo que eu precisava trabalhar, ter uma carreira e ser independente financeiramente. Aquilo foi um marco forte ao longo da minha vida. 

Como encontrei meu lugar

O fato é que eu engatei a primeira no mercado financeiro quando uma oportunidade apareceu e segui em frente. Durante todos esses anos eu me questionei muito. Nunca desisti de encontrar o meu lugar e a tão desejada realização profissional.

Foram inúmeros momento marcantes durante a minha carreira, cada um com suas particularidades. Porém, um deles eu acredito que foi o mais transformador. Após a maternidade, a minha relação com o trabalho mudou. Senti mais do que nunca que o trabalho passou a ter uma importância e relevância diferente na minha vida.

Trabalhar passou a ser o “meu” tempo, quando estava eu estava 100% dedicada comigo. E quando eu tive essa consciência tudo mudou, pois aquilo tinha que fazer algum sentido.

Como a maternidade moldou minha vida

A maternidade foi um renascimento pessoal e profissional.

Foi quando eu comecei a me conectar com o tema da diversidade e observar outras mulheres que estavam no mesmo momento que eu. Percebi a dificuldade de ter representatividade.

Percebi que nós, mulheres, fizemos avanços incríveis nas últimas décadas, não somente no campo pessoal como também no profissional, mas que ainda tínhamos um degrau e uma desvantagem enorme em relação aos homens. Eu precisava falar e fazer algo sobre isso.

E assim, desde 2019, após a volta da licença-maternidade do meu segundo filho, eu comecei a pesquisar e pensar em algumas iniciativas relacionadas à diversidade, sendo o evento Women in Finance a primeira delas.

Para minha surpresa, mais de 800 mulheres se inscreveram para ir ao Masp assistir à discussão sobre o protagonismo feminino no mercado financeiro.

O resultado foi acima de todas as expectativas e um divisor de águas na minha carreira.

E o que veio depois?

Uma responsabilidade imensa sobre como continuaria todo aquele movimento criado. Não gostaria que fosse somente mais um evento, dentro das centenas de oportunidades que temos disponíveis no mercado hoje em dia. Era preciso sair da teoria e partir para a prática.

Assim, nasceu no início de 2020 o Fin4she, uma iniciativa que promove a presença feminina no mercado e contribui para um ambiente mais diverso, justo, igualitário e atrativo para as mulheres.

Minha missão é promover uma transformação na carreira e vida das mulheres, para que elas possam fazer da melhor forma possível tudo o que precisam, sonham e desejam.

Sou mãe de dois meninos, o Tom e Martin, e eles são a minha inspiração e potência. Eles ressignificaram a minha vida e carreira, me ensinaram a ter foco, refletir e rever os meus valores frequentemente. Foram eles que despertaram de novo em mim todos aqueles sonhos e essência da minha infância. Só que com uma dose muito maior de força e coragem.

Com eles, aprendi também a me permitir, aceitar e transformar. Sempre.

Muito prazer, eu sou a Carol.

E você, qual é a sua história?

*Co-fundadora do Fin4she, atualmente é responsável por liderar e implementar os projetos para promover o protagonismo das mulheres no mercado e a independência financeira feminina. É a idealizadora do Women in Finance Summit Brazil, com mais de 800 mulheres do mercado inscritas. Foi executiva da Franklin Templeton por 10 anos e trabalha no mercado financeiro desde 2006. É mãe do Tom e do Martin e através do Fin4she tem a missão de promover uma transformação na carreira e vida das mulheres, para que iniciativas como essa não precisem existir mais no futuro.

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