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Salário em bitcoin cresce no mundo com maior adesão ao trabalho remoto

Cerca de 5% de todo pagamento feito por trabalho remoto em 2022 foi em ativos digitais, inclusive, boa parte para brasileiros.

ARTIGO*

A pandemia, a transformação digital e os ativos digitais mudaram não só as diretrizes do mundo dos negócios, mas também do comportamento do consumidor. Salários pagos em criptomoedas ainda parecem coisa do futuro para muitos. Para alguns, já é uma realidade.

De acordo com a pesquisa realizada pela Deel, houve um crescimento de 2% para 5% entre todos os pagamentos de trabalhadores remotos por meio de criptomoedas entre os seis últimos meses de 2021 e os primeiros de 2022. Desses, dois terços estão na América Latina, incluindo o Brasil.

bitcoin
Crédito: Envato

Corroborando com essa perspectiva temos os dados da Osten Moove, uma das maiores aceleradoras de startups do país, que mostrou que entre 15% a 20% dos jovens que trabalham com tecnologia, principalmente os “nativos digitais”, preferem receber sua remuneração assim.

A porcentagem de salários com criptomoedas na América Latina é maior do mundo, em 52%, segundo relatório da Deel, enquanto o bitcoin é a moeda preferida para este tipo de pagamento, com 63%.

Receber dinheiro a partir de uma moeda digital é um facilitador, já que qualquer pessoa pode tanto fazer investimentos quanto proteger seu dinheiro comprando moedas ligadas à proteção econômica, lastreada no ouro, no dólar ou em qualquer outro ativo.

Não à toa, o pagamento dos colaboradores com bitcoin (BTC) e ethereum (ETH) tem se tornado cada vez mais constante. E, para se ter uma ideia, massacrada por uma inflação média anual que supera os 60%, a Argentina, não por acaso, detém uma proporção maior que a média quando o assunto é o pagamento em cripto.

Por que receber em cripto é uma boa?

Aceitando o salário em criptomoedas, evita-se o tempo de espera, tarifas bancárias e taxas de câmbio que fazem parte de transações realizadas através de instituições financeiras tradicionais.

Especialmente em um mundo cada vez mais globalizado, em que é possível prestar serviços a empresas de qualquer parte do mundo, benefícios sob a forma de ativos digitais, inclusive, já se tornou um atrativo adicional que as empresas estão utilizando para atrair novos talentos para os seus quadros.

Se uma pessoa recebe seus pagamentos de salário por semana ou mês em cripto atrelada ao dólar, ele entra como um certo valor hoje e cresce automaticamente ao longo do tempo, por exemplo. Ou seja, há alguns retornos sérios sem quaisquer esforços extras.

Pagamento em cripto vai além do trabalho remoto e só tende a crescer

Segundo um levantamento feito pela CoinMap, mais de 900 estabelecimentos brasileiros já aceitam receber esse tipo de pagamento, incluindo a loja de vinhos virtual Wine e o Rappi. Ademais, as criptomoedas estão no radar de mais de 30% dos millennials (aqueles com idade entre 26 e 42 anos) e metade da Geração Z (jovens de 25 anos ou menos), que gostariam de ser pagos em moedas digitais, conforme estudo da  consultoria financeira DeVere.

Além do poder de compra, os hábitos e as exigências por segurança, transparência e autonomia sobre o próprio dinheiro estão moldando o presente e também moldarão o futuro.

A comodidade de receber em uma moeda que pode ser negociada contra centenas de outras, acessibilidade financeira em um mercado em expansão, liberdade para guardar fundos como quiser e poder acessá-los de qualquer lugar do mundo, sem taxas, são alguns dos pontos positivos de receber em criptomoedas.

Cinquenta anos atrás, nossos salários vinham em malotes cheios de dinheiro. Em seguida vieram os cheques, e agora em criptomoedas. Essa é uma tendência e não há como ignorar, pois com os desafios das crises econômicas no Brasil e no mundo, a vida se tornou cada vez mais digital.

*Mayara é co-autora do livro “Trends – Mkt na Era Digital”, publicado pela editora editora Gente. Multidisciplinar, apaixonada por tecnologia, inovação, negócios e comportamento humano.

*As informações, análises e opiniões contidas neste artigo são de inteira responsabilidade do autor e não do InvestNews.


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