1 – Cidades chinesas aliviam restrições, mas fim da política de Covid zero ainda parece distante
Mais cidades chinesas, incluindo Urumqi, no extremo oeste do país, anunciaram uma flexibilização das medidas de restrição ao coronavírus neste domingo (04), enquanto a China tenta tornar sua política de Covid zero mais direcionada e menos onerosa após uma onda de protestos sem precedentes contra as restrições no último fim de semana.
Urumqi, a capital da região de Xinjiang e onde os primeiros protestos eclodiram, reabrirá shoppings, mercados, restaurantes e outros estabelecimentos a partir desta segunda-feira (05), disseram as autoridades, encerrando meses de lockdowns rígidos.
Não havia sinal de qualquer agitação significativa neste fim de semana, embora a polícia estivesse presente na área de Liangmaqiao, em Pequim, e em Xangai, pela estrada Wulumuqi, cujo nome é a derivação de Urumqi em mandarim. Ambos os locais foram palco de protestos há uma semana.
Um incêndio fatal no mês passado, em Urumqi, provocou dezenas de protestos contra as restrições da Covid-19 em mais de 20 cidades depois que alguns usuários de redes sociais disseram que as vítimas não conseguiram escapar do incêndio porque o prédio estava trancado. As autoridades chinesas negam isso.
As manifestações foram uma demonstração sem precedentes de desobediência civil na China continental desde que o presidente Xi Jinping assumiu o poder, em 2012. Desde então, várias cidades têm anunciado a flexibilização dos lockdowns, das exigências de testagem e das regras de quarentena.
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2 – Rússia rejeita teto de petróleo e alerta para corte de fornecimento
As autoridades russas rejeitaram o teto de preço para o petróleo do país de US$ 60,00, estabelecido por apoiadores ocidentais da Ucrânia, e ameaçaram neste sábado (03) parar de fornecer a commodity às nações que endossaram a medida.
Austrália, Reino Unido, Canadá, Japão, Estados Unidos e os 27 países da União Europeia concordaram na sexta-feira (02) em limitar em US$ 60 por barril o preço do petróleo russo.
O limite deve entrar em vigor nesta segunda-feira (05) juntamente com um embargo da UE ao petróleo russo enviado por via marítima.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que a Rússia precisa analisar a situação antes de decidir sobre uma resposta específica, mas que não aceitaria o teto.
O representante permanente da Rússia para organizações internacionais em Viena, Mikhail Ulyanov, alertou que os apoiadores europeus do teto do preço de petróleo lamentariam sua decisão.
“A partir deste ano, a Europa viverá sem petróleo russo”, publicou Ulyanov no Twitter. “Moscou já deixou claro que não fornecerá petróleo aos países que apoiam o limite de preço antimercado. Espere, muito em breve a UE acusará a Rússia de usar o petróleo como arma.”
O gabinete do presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, por sua vez, pediu neste sábado por um teto de preço mais baixo, a US$ 30,00.
3 – Equipe de transição deve visitar ANP e PPSA nesta semana
Representantes da equipe de transição do governo federal vão visitar a reguladora ANP e a companhia Pré-Sal Petróleo (PPSA) nesta semana, disse na sexta-feira (02) o coordenador do grupo para a área de Minas e Energia, Mauricio Tolmasquim.
A ida à agência reguladora e à estatal do pré-sal está programada para acontecer nesta terça-feira (06).
A ANP ainda não confirmou oficialmente o encontro, mas a PPSA informou à Reuters que disponibilizou uma agenda para a data.
“Fomos consultados sobre a disponibilidade de agenda na terça-feira sim e respondemos positivamente, mas ainda não há uma formalização”, disse a PPSA.
Em evento essa semana no Rio, o direitor geral da ANP, Rodolfo Saboia, já cogitava um encontro na próxima semana.
“A expectativa é apresentarmos a agenda regulatória da agência e colocarmos à disposição do novo CNPE que eventualmente for constituído”, disse ele à Reuters no evento.
Na segunda-feira, Tolmasquim e o senador Jean Paul Prates (PT-RN) vão fazer uma visita presencial à Petrobras.
A PPSA chegou a ser incluída pelo atual governo na lista de empresas estatais que poderiam ser privatizadas.
(*Com informações de Reuters e Estadão Conteúdo)
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