1 – Latam Airlines confirma que sairá do processo de falência em 3 de novembro
A LATAM Airlines, maior grupo de transporte aéreo da América Latina, confirmou na sexta-feira que sairá do processo de falência que está conduzindo nos Estados Unidos em 3 de novembro.
A empresa entrou com um pedido sob o Capítulo 11 da Lei de Falências em 2020 devido ao impacto da pandemia, e no último mês de junho recebeu aprovação do tribunal para sair do processo, após apresentar um plano de reorganização que pretende injetar 8 bilhões de dólares via aumento de capital, emissões de títulos conversíveis e nova dívida.
“Esse processo permitirá ao grupo emergir mais ágil, com uma estrutura de custos mais competitiva, uma liquidez adequada para enfrentar o futuro, com aproximadamente 10,3 bilhões de dólares em equity e uma dívida próxima dos 6,9 bilhões de dólares”, disse uma nota divulgada pela empresa.
Nesta semana, a companhia aérea entregou os detalhes de seu financiamento de saída e anunciou que esperava emergir do Capítulo 11 durante a primeira semana de novembro.
2 – Brasil deve indicar Goldfajn à presidência do BID
O ministro da Economia, Paulo Guedes, quer indicar o nome do ex-presidente do Banco Central Ilan Goldfajn à presidência do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O cargo está vago desde o mês passado com a demissão de Mauricio Claver-Carone, após investigação interna concluir que o americano havia mantido relações íntimas com uma funcionária – em desacordo com as normas da instituição.
Atrás de apoio, Guedes já conversou com a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, aproveitando sua viagem a Washington para as reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional. Atualmente, Goldfajn é diretor no próprio FMI.
Questionado por jornalistas, Guedes não quis revelar o nome. Confirmou apenas que o País tem interesse no posto – nunca ocupado por um brasileiro.
3 – Ministro das Finanças britânico promete reconquistar confiança do mercado
O novo ministro das Finanças britânico, Jeremy Hunt, prometeu reconquistar a credibilidade econômica do Reino Unido com a prestação de contas sobre os planos de impostos e gastos do governo e insistiu que sua chefe, Liz Truss, permanece no comando do país.
A primeira-ministra Truss nomeou Hunt na sexta-feira em uma tentativa de resgatar sua liderança, uma vez que a confiança em sua capacidade de administrar o Reino Unido caiu tanto em seu próprio Partido Conservador quanto nos mercados financeiros internacionais.
Os jornais de domingo estavam repletos de histórias sobre planos para substituí-la.
Investidores têm vendido títulos do governo britânico amplamente desde 23 de setembro, quando o antecessor de Hunt, Kwasi Kwarteng, anunciou uma série de cortes de impostos não financiados sem publicar um conjunto de previsões econômicas independentes.
Os efeitos indiretos forçaram o banco central britânico a fazer uma intervenção de emergência para proteger os fundos de pensão e elevaram os custos das hipotecas – apertando ainda mais as finanças dos britânicos.
“O que vou fazer é mostrar aos mercados, ao mundo, às pessoas assistindo em casa, que podemos contabilizar adequadamente cada centavo de nossos planos de impostos e gastos”, disse Hunt à emissora BBC em uma entrevista transmitida neste domingo.
A economia britânica corre o risco de entrar em recessão ao mesmo tempo em que o Banco da Inglaterra sobe os juros para controlar a inflação. O presidente do banco, Andrew Bailey, disse no sábado achar que será necessário um grande aumento de juros em novembro.
*Com Reuters e Estadão Conteúdo
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