1- Eletrobras vê lucro subir 16% e anuncia potencial emissão de debêntures
A Eletrobras (ELET11) obteve no segundo trimestre um lucro líquido de R$ 1,62 bilhão, cifra 16% maior que a registrada um ano antes, segundo balanço divulgado na noite de quinta-feira.
Já o Ebitda (sigla em inglês para (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) alcançou R$ 6,6 bilhões, alta de 59% no comparativo anual, influenciado por crescimento de receitas acima dos custos e por reversão de provisões.
O Ebitda recorrente da companhia, por sua vez, subiu 2%, ficando em R$ 5,4 bilhões.
A companhia também anunciou que contratou bancos para uma possível quarta emissão de debêntures simples no valor estimado de 7 bilhões de reais, segundo fato relevante ao mercado.
A potencial emissão compreenderá duas séries, a primeira de 4 bilhões de reais e a segunda de 3 bilhões de reais, de acordo com documento regulatório.
A Eletrobras acrescentou no documento que sua subsidiária Furnas planeja realizar uma possível primeira emissão de notas comerciais escriturais, composta por 5 séries, no valor total de 3,5 bilhões de reais, e a controlada CGT Eletrosul, uma quarta emissão de debêntures simples, em série única, da ordem de 250 milhões de reais.
A distribuidora de energia enfatizou que o processo de contratação dos bancos ainda está em andamento, e que as negociações da potencial oferta estão em fase preliminar.
A possível emissão de 7 bilhões de reais está sujeita à aprovação do Conselho de Administração da companhia, dentre outros fatores, enquanto no caso das controladas, a operação depende de aprovações societárias de Furnas e CGT Eletrosul, entre outros, acrescentou a Eletrobras.
2 – Importações e exportações da China caem em julho e ameaçam perspectivas de recuperação
As importações e exportações da China caíram muito mais rápido do que o esperado em julho e a demanda mais fraca ameaça as perspectivas de recuperação na segunda maior economia do mundo, aumentando a pressão para que as autoridades liberem novos estímulos para um crescimento estável.
Os números fracos da balança comercial reforçam as expectativas de que a atividade econômica pode desacelerar ainda mais no terceiro trimestre, com os setores de construção, manufatura e serviços, o investimento estrangeiro direto e lucros industriais enfraquecendo.
As importações caíram 12,4% em julho na comparação anual, mostraram dados da alfândega nesta terça-feira, bem pior do que a previsão de queda de 5% em uma pesquisa da Reuters e de um declínio de 6,8% em junho.
Já as exportações contraíram 14,5%, mais forte do que a queda esperada de 12,5% e o que o recuo de 12,4% do mês anterior.
O ritmo de declínio das exportações foi o mais rápido desde o início da pandemia em 2020 e a queda nas importações foi a maior desde janeiro deste ano, quando as infecções por Covid fecharam lojas e fábricas.
Embora a fraqueza no valor das importações reflita a demanda fraca, as quedas nos preços das commodities também exacerbaram os resultados, dizem analistas consultados pela Reuters.
3 – Senado deve receber hoje PEC da reforma tributária
O relator da reforma tributária no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), detalhou os próximos passos da reforma na Casa, informando que a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) deve receber a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma já nesta terça-feira, 8, e que deve apresentar, até o fim de outubro, o relatório final sobre o tema.
“Há um compromisso com [o presidente do Senado], Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e [o presidente da CCJ, senador] Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) de nós, até o fim de outubro, finalizarmos o relatório e levarmos a plenário o relatório para que possamos votar, em dois turnos, a PEC”, afirmou Braga em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, na noite desta segunda-feira, 7.
Braga informou também que a CCJ deve receber nesta terça a PEC 45 e outras duas PECs apensadas para que Alcolumbre o designe como relator. O senador também disse que deve apresentar um plano de trabalho para a proposta.
“[O plano de trabalho] Estabelece oito audiências públicas segmentadas. Essas audiências ouvirão cada um dos segmentos para que possamos ter opiniões, debates dos diversos setores da economia brasileira, ouviremos portanto essas sugestões, ao mesmo tempo haverá uma série de reuniões na Comissão de Assuntos Econômicos”, detalhou Braga.
O relator garantiu ainda que o Senado terá a disposição de atrair novas tecnologias e trabalhar para a concessão de benefícios a montadoras. Braga disse também que pretende facilitar o acesso do setor produtivo ao gabinete. “Criei um sistema para que todos possam ter acesso e que todos possam dialogar de alguma forma com a relatoria, sem discriminação e sem dificultar o acesso”, informou.
Com Reuters e Estadão
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