1 – Começa hoje a reunião do Copom
A última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do ano começa nesta terça-feira (6) a partir das 11 horas e encerra amanhã (7). É aguardado uma manutenção da taxa básica de juros pelos economistas. A Selic está atualmente no patamar de 13,75% ao ano sendo essa taxa mantida desde as duas últimas reuniões do Comitê (21/09 e 26/10).
Em relatório, o Bradesco avalia que, apesar de haver um amplo consenso de que a taxa Selic deve ser mantida em 13,75%, todas as atenções vão estar em como o Comitê responderá à percepção de maior risco fiscal dos investidores.
2 – Votação da PEC está prevista para hoje, às 9h30
O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), agendou a reunião do colegiado em que terá início a análise da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da transição para às 9h30 desta terça-feira (6).
Como já sinalizou o relator-geral do Orçamento, Marcelo Castro (MDB-PI), um pedido de vista é esperado, mas isso deve adiar a sessão em apenas uma hora, com retorno em seguida.
Segundo a agência Estado, existe um impasse na Câmara por conta do julgamento do orçamento secreto. Mas o próprio senador estava atuando junto ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para garantir a votação da PEC na Casa ao lado.
3 – Yields saltam nos EUA com dados do Fed
Os yields dos títulos do Tesouro americano saltaram com dados econômicos fortes que elevaram as apostas no nível que os juros do Federal Reserve podem atingir.
A reação no mercado de dívida americano elevou o rendimento do título de 10 anos em até 0,12 ponto percentual, para 3,61%. Os swaps mostraram aumento semelhante nas expectativas de onde ficará a taxa final do Fed, indicando um pico próximo a 5% em meados de 2023. O dólar também deu um salto em relação às principais moedas, enquanto as ações americanas acentuaram sua queda.
O mercado de Treasuries já estava sob pressão antes dos dados sobre pedidos de fábricas e serviços que mostraram um quadro econômico mais robusto, mas o movimento se estendeu após os números.
O indicador de serviços do Institute for Supply Management subiu inesperadamente para 56,5 em novembro, de 54,4 no mês anterior. O aumento foi o maior desde março de 2021, sugerindo que a maior parte da economia americana continua forte.
“É um número difícil de questionar”, disse Tony Farren, diretor-gerente de vendas e negociação de taxas do Mischler Financial Group.
Os mercados podem continuar turbulentos à medida que o final do ano se aproxima e, junto com ele, a reunião final do Fed de 2022, de 13 e 14 de dezembro. Os mercados continuam precificando um aumento de meio ponto para esse encontro, o que representaria uma desaceleração no ritmo de aperto. O Fed elevou juros em 0,75 ponto percentual em sua última reunião.
O mercado agora aguarda o relatório de preços ao consumidor da próxima semana.
Além disso, a liquidez — já sob pressão — normalmente é menor no fim de ano, o que significa que há espaço para transações menores causarem oscilações desproporcionais.
Com informações da Bloomberg
Veja também
- Dólar mais barato, real mais caro: como a nova direção dos juros afeta a sua vida
- Lula não percebeu que inflação castiga mais do que a Selic, diz Zeina Latif
- Dólar volta a subir após declarações de Lula
- Haddad diz que governo vai superar ‘qualquer que seja’ decisão do Copom
- Copom: voto unânime na Selic em 10,5% pode embaralhar sucessão do BC