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Economia

5 fatos para hoje: BC reconhece inflação alta; marco das startups na Câmara

Texto regula regras de aporte de capitais e participação em licitações públicas.

Banco Central
Sede do Banco Central em Brasília. REUTERS/Ueslei Marcelino

1 – BC reconhece inflação elevada em dezembro, mas mantém avaliação de choque temporário

O Banco Central reconheceu nesta terça-feira que a inflação em dezembro deverá ser alta, mas manteve a avaliação de que o movimento será passageiro na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

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“As últimas leituras de inflação foram acima do esperado e, em dezembro, apesar do arrefecimento previsto para os preços de alimentos, a inflação ainda deve se mostrar elevada, com coleta extraordinária de preços de mensalidades escolares e transição para o mais elevado patamar de bandeira tarifária de energia elétrica”, apontou a ata.

“Apesar da pressão inflacionária mais forte no curto prazo, o Comitê mantém o diagnóstico de que os choques atuais são temporários, mas segue monitorando sua evolução com atenção, em particular as medidas de inflação subjacente”, completou.

Na semana passada, o BC manteve a Selic em 2% pela terceira vez consecutiva e destacou que, em função do quadro inflacionário, as condições para seu compromisso de não subir os juros básicos –através do chamado forward guidance– podem em breve não estar mais satisfeitas, ainda que isso não signifique que a taxa básica será mecanicamente elevada.

2 – Câmara conclui votação de marco das startups; texto vai ao Senado

A Câmara concluiu no final da noite desta terça-feira, a votação do chamado de Marco Legal das Startups. O projeto segue agora para o Senado. Deputados rejeitaram nove destaques e, mais cedo, o texto-base havia sido aprovado por 361 votos a favor e 66 contrários.

O projeto, relatado pelo deputado Vinícius Poit (Novo-SP), prevê regras de aporte de capitais por pessoas físicas e jurídicas e permite a participação destas empresas de base tecnológica em estágio inicial de operação em licitações públicas.

O texto estabelece que essas empresas precisam cumprir alguns requisitos, como receita bruta de até R$ 16 milhões no ano anterior ou, no caso de empresa com menos de um ano, receita de R$ 1,3 milhão multiplicado pelo número de meses de atividade no ano anterior.

3 – Cogna prepara marketplace de educação

A Cogna prepara o lançamento de um marketplace de educação voltado para jovens e adultos que vai integrar produtos próprios com outros oferecidos por terceiros, na expectativa de preservar seus negócios em meio à crise gerada pela pandemia.

“A plataforma (de marketplace) pode ser no médio e longo prazos transformadora para nossa organização”, disse nesta segunda-feira o presidente-executivo da Cogna, Rodrigo Galindo em apresentação online sem mencionar o cronograma de lançamento.

Segundo ele, o marketplace vai permitir expandir o mercado da Cogna no Brasil dos atuais R$ 56 bilhões para R$ 121 bilhões em 2025.

O marketplace oferecerá produtos como cursos de ensino superior, livres, técnicos e de idiomas, além de serviços como orientação vocacional e até financeiros, disse o executivo. Ele disse que o marketplace já tem 16 vendedores parceiros incluindo nomes como Saraiva Jur, Cursos Livres e Consultoria da Educação.

4 – IGP-10 sobe 1,97% em dezembro e fecha ano com alta de 24,16% sob pressão do atacado

O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) desacelerou a alta a 1,97% em dezembro, com a inflação ao produtor perdendo força no último mês de 2020, mas ainda terminou o ano com alta acumulada de 24,16%, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira.

Em novembro, o IGP-10 havia subido 3,51%, e a leitura de dezembro ficou em linha com a expectativa em pesquisa da Reuters para o mês de avanço de 1,96%.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, desacelerou a alta a 2,27% no mês, de 4,59% em novembro, mas acumulou em 12 meses avanço de 33,05%%.

5 – Recuperação industrial da China acelera em novembro com alta da demanda do consumidor e exportações

A produção industrial da China cresceu no ritmo mais forte em 20 meses em novembro, uma vez que a retomada dos gastos dos consumidores e o gradual afrouxamento das restrições contra a Covid-19 nos principais parceiros comerciais aumentaram a demanda pelos produtos do país.

A expansão da produção industrial acelerou a 7,0% em novembro na comparação com o mesmo período do ano anterior, mostraram nesta terça-feira dados da Agência Nacional de Estatísticas. Isso ficou em linha com a expectativa em pesquisa da Reuters e acima do crescimento de 6,9% de outubro.

A economia da China tem apresentado uma recuperação impressionante depois de ter ficado paralisada mais cedo neste ano devido à Covid-19, por conta principalmente de exportações robustas.

*Com Estadão Conteúdo e Reuters

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