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Economia

5 fatos para hoje: lucro da Zoom; novos bilionários no mundo

Zoom disse que a receita aumentou 12%, para US$ 1,07 bilhão no trimestre encerrado em 30 de abril.

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REUTERS/Carlo Allegri

1 – Zoom aposta em trabalho híbrido e eleva meta de lucro para o ano

A Zoom (Z1OM34) elevou nesta segunda-feira (23) previsão de lucro ajustado para o ano, sinalizando demanda renovada por suas ferramentas de videoconferência em um ambiente de trabalho híbrido, elevando as ações em 17% no after market.

O anúncio vem enquanto a demanda pela plataforma da empresa diminuiu nos últimos trimestres em relação ao pico da pandemia e a concorrência se acirra com o Teams, da Microsoft;, WebEx, da Cisco; e Meets, do Google.

Para o ano, a Zoom previu lucro ajustado por ação de US$ 3,70 a US$ 3,77, ante previsão anterior de US$ 3,45 a US$ 3,51.

A Zoom disse que a receita aumentou 12%, para US$ 1,07 bilhão no trimestre encerrado em 30 de abril, crescimento mais lento desde a abertura de capital em 2019. Isso está em linha com as estimativas de Wall Street, segundo a Refinitiv.

O lucro líquido atribuível aos acionistas ordinários caiu a US$ 113,6 milhões, ou US$ 0,37 por ação, no trimestre, ante US$ 227,4 milhões, ou US$ 0,74 por ação, um ano antes.

2 – Powell assume como presidente em 2º mandato no Fed, com Brainard como vice

O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, fez o juramento nesta segunda-feira (23) ao ser empossado em seu segundo mandato à frente da instituição dos Estados Unidos. Lael Brainard assumiu como vice-presidente e Lisa Cook e Philip Jefferson, como membros do Conselho.

Todas as indicações foram feitas pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

Powell e Lael Brainard devem permanecer em tais funções até maio de 2026, já Cook, até 2024 e Jefferson, até 2036.

3 – Impacto estimado no nível de preços é de queda de 0,5 pp a 1 pp, diz secretário

O secretário de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Lucas Ferraz, afirmou nesta segunda-feira (23) que a redução de 10% do Imposto de Importação deve diminuir a inflação em 0,5 ponto porcentual em um cenário conservador. Segundo ele, essa queda pode chegar a 1 ponto porcentual.

Segundo Ferraz, o objetivo da medida é gerar um “choque de oferta que amenize a dinâmica inflacionária”.

Ele relembrou que a Tarifa Externa Comum (TEC) nunca foi reformada desde a criação, em 1994. A primeira redução, de 10%, foi anunciada em novembro de 2021. A segunda, de mais 10%, foi anunciada há pouco.

“Estimamos uma renúncia fiscal de R$ 3,7 bilhões com a medida, que não exige compensação”, disse.

O secretário também estimou que as reduções do Imposto de Importação podem impactar positivamente o Produto Interno Bruto (PIB) em R$ 533 bilhões até 2040. Ele ainda afirmou que o impacto nos investimentos pode chegar a R$ 376 bilhões e o crescimento da corrente de comércio, a R$ 1,4 trilhão, no mesmo período.

4 – Estatal da Bolívia reduz fornecimento de gás natural

A Petrobras (PETR3, PETR4) terá de importar mais gás natural liquefeito (GNL) em meio à disparada do preço no mercado internacional. Nesta segunda, 23, a empresa confirmou que a estatal boliviana Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) cortou em 30% o fornecimento do insumo – ou cerca de seis milhões de metros cúbicos por dia. A queda reduz o alívio sentido pela Petrobras no primeiro trimestre do ano, quando comemorou a redução de importação de GNL e a consequente queda nos custos.

Segundo a Petrobras, a YPFB ainda não explicou o motivo do corte. A petroleira brasileira informou que estão sendo tomadas todas as medidas cabíveis para que a YPFB cumpra o contrato que mantém com a empresa. Segundo fontes próximas ao assunto, o corte teria sido motivado pelo início do fornecimento de gás da Bolívia para a Argentina por preços melhores do que os praticados pela Petrobrás.

Com a guerra entre Rússia e Ucrânia o preço do GNL disparou no mercado internacional. Se na pandemia o milhão de BTU (medida usada na comercialização do insumo) era negociado a US$ 5, ontem o preço girava em torno de US$ 27 o milhão de BTU, depois de já ter batido US$ 34.

5 – Mundo ganhou 573 novos bilionários durante pandemia de covid, diz Oxfam

O mundo tem 573 novos bilionários desde o início da pandemia, segundo o relatório “Lucrando com a dor” da ONG Oxfam, publicado nesta segunda-feira (23) durante o primeiro encontro presencial do Fórum Econômico Mundial em Davos (Suíça) em dois anos. Desde 2020, um novo bilionário surgiu a cada 30 horas, aponta o levantamento.

Os dados, baseados na lista de bilionários da Forbes, dão destaque para a crescente desigualdade global desde o começo da pandemia.

No período, o patrimônio dos bilionários teve alta de 42% – um aumento real de US$ 3,78 trilhões.

Hoje, a riqueza total dos 2.668 bilionários existentes no planeta equivale a 13,9% do Produto Interno Bruto (PIB) global, um total de US$ 12,7 trilhões (cerca de R$ 61 trilhões).

O valor é quase o triplo do registrado em 2000, quando representava 4,4% do PIB mundial.

No estudo, Oxfam mostra que os bilionários e corporações dos setores alimentício, energético, farmacêutico e tecnológico foram os mais beneficiados durante a pandemia.

Elon Musk, no topo da lista dos mais ricos do mundo, poderia perder 99% de sua fortuna e ainda estaria entre os 0,0001% dos mais ricos, afirma o relatório.

A pandemia aprofundou ainda as desigualdades de gênero, de renda, racial e entre países ricos e países de baixa renda, aponta o relatório. A desigualdade no acesso à assistência médica de qualidade também ficou em evidência no período.

Os dados utilizados pela Oxfam consideram o período entre 18 de março de 2021 e 11 de março de 2022.

As riquezas divulgadas pela Forbes de março de 2020 foram corrigidas pela inflação de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor dos Estados Unidos.

* Com informações da Reuters, Estadão Conteúdo e Agência Brasil

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