De acordo com a representação, obtida pela Reuters, uma auditoria solicitada pelo PL, partido de Bolsonaro, teria encontrado “evidências contundentes do mau funcionamento de urnas eletrônicas”.
Bolsonaro fez diversos ataques às urnas eletrônicas durante a campanha, na qual foi derrotado pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, apesar de especialistas e de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) terem demonstrado que as urnas são seguras.
Desde a implantação das urnas eletrônicas, em 1996, nunca houve registro de fraude nas eleições.
Em entrevista coletiva após a apresentação da ação, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, disse que o relatório não expressa a opinião do partido, mas é o resultado de estudo elaborado por especialistas.
Resposta do TSE
O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, determinou nesta terça-feira que a coligação de Bolsonaro apresente em 24 horas uma auditoria referente aos dois turnos da eleição, sob pena de indeferimento da ação apresentada mais cedo.
Na ação, o ministro argumenta que as mesmas urnas foram usadas em ambos os turnos, portanto a coligação de Bolsonaro precisa apresentar um auditoria que abranja as duas votações e não só o segundo turno, “sob pena de indeferimento da inicial”.
De acordo com a representação apresentada pela coligação de Bolsonaro ao TSE, que foi obtida pela Reuters, uma auditoria solicitada pelo PL teria encontrado “evidências contundentes do mau funcionamento de urnas eletrônicas”. O partido usa o documento para pedir que os votos dessas urnas sejam anulados.