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Economia

Controladores e Grupo Elopar lançam OPA da Cielo; empresa lucra R$480,8 mi no 4º tri

SÃO PAULO (Reuters) -A Cielo informou nesta segunda-feira que seus acionistas controladores e o Grupo Elopar decidiram lançar uma oferta pública de aquisição (OPA) de até a totalidade das ações ordinárias de emissão da companhia.

A oferta tem como fim a conversão de registro de companhia aberta categoria “A” para “B” e a saída da empresa do Novo Mercado da B3, segundo fato relevante ao mercado.

O preço ofertado será de 5,35 reais por ação, um prêmio de 6,4% sobre o valor de fechamento desta segunda-feira.

O Bradesco e o Banco do Brasil, que juntos detêm quase 60% da Cielo, estão fazendo a oferta junto à sua joint-venture, o Grupo Elopar. O Bradesco BBI atuará como instituição intermediária da OPA, segundo a Cielo.

A Cielo, que tem um valor de mercado de cerca de 13,7 bilhões de reais, acrescentou que a operação está sujeita ao cumprimento de determinadas condições, incluindo as aprovações legais e regulatórias aplicáveis das autoridades governamentais.

RESULTADO DO QUARTO TRIMESTRE

Mais cedo, a Cielo divulgou lucro líquido recorrente de 480,8 milhões de reais no quarto trimestre, queda de 1,9% frente ao mesmo período em 2022, mostrou balanço divulgado nesta segunda-feira, abaixo da expectativa média de analistas de lucro de 483,95 milhões de reais, segundo dados da LSEG.

No consolidado, o lucro cresceu 46,6% na comparação anual, também a 480,8 milhões de reais.

A maior empresa de meios de pagamentos do país registrou receita operacional líquida de 2,77 bilhões de reais no período, acréscimo de 0,6% ano a ano. A receita da divisão Cielo Brasil caiu 2,4%, enquanto a da unidade Cateno cresceu 5,2%.

A receita de aquisição de recebíveis (“ARV”) foi recorde em 2023, de acordo com a empresa, atingindo 1,6 bilhão de reais no ano, crescimento de 67% na comparação anual.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) consolidado apurado foi de 999,6 milhões de reais, aumento de 9,3% em comparação com o quarto trimestre de 2022, devido principalmente “ao efeito baseline em outras controladas”, disse a Cielo em relatório de resultados. A margem Ebitda ficou em 36,1%, aumento de 2,9 pontos percentuais em comparação com o último trimestre de 2022.

“Não fossem os efeitos não recorrentes, o Ebitda consolidado teria apresentado queda de 8,5%, refletindo menor volumetria em Cielo Brasil e investimentos para melhoria da operação e expansão do time comercial, mitigados por crescimento do yield de receita e melhor desempenho na Cateno”, acrescentou.

O Ebitda de Cielo Brasil caiu 12,9% ano a ano, enquanto na unidade Cateno o Ebitda aumentou 3,6%.

Separadamente, a Cielo anunciou que seu conselho aprovou a distribuição de juros sobre capital próprio (JCP) no montante de 410 milhões de reais, que serão pagos aos acionistas em 30 de abril com base na posição acionária de 15 de março.

(Por Patricia Vilas Boas; reportagem adicional de Andre RomaniEdição Paula Arend Laier e Fabrício de Castro)

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