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Economia

Economista-chefe do BCE apoia possível corte nos juros até junho, diz CNBC

FRANKFURT (Reuters) – O Banco Central Europeu terá no segundo semestre informações suficientes sobre o rumo que a inflação está tomando para que os formuladores de política monetária decidam quando começar a cortar as taxas de juros, disse economista-chefe da autoridade monetária, Philip Lane, nesta quinta-feira.

Os formuladores de políticas do BCE têm se alinhado em apoio a uma redução das taxas nos próximos meses, com alguns até mesmo levantando a perspectiva de cortes consecutivos em junho e julho, à medida que a inflação da zona do euro cair mais rapidamente do que o banco central havia previsto.

Lane, uma das vozes mais influentes no Conselho do BCE, pareceu apoiar uma medida até junho, mas advertiu contra fazer previsões sobre o que acontecerá mais tarde.

“Acho que no segundo trimestre estaremos suficientemente avançados em 2024 para ver mais da dinâmica salarial e mais das pressões sobre os preços”, disse ele à CNBC.

Sobre o momento de um primeiro corte, Lane repetiu o comentário da presidente do BCE, Christine Lagarde, de que o BCE “terá um pouco mais de informações até abril…(e) muito mais até junho” e acrescentou que não iria “analisar demais” os méritos de uma mudança em uma reunião ou outra.

Seu colega grego Yannis Stournaras disse anteriormente à Bloomberg que apoiaria cortes em ambas as reuniões do BCE, em 6 de junho e 18 de julho, seguidos de mais dois até o final do ano.

Fontes disseram à Reuters, na semana passada, que alguns formuladores de políticas haviam cogitado a ideia de movimentos sucessivos em junho e julho.

Mas Lane advertiu contra se aventurar mais no futuro.

“Temos de tomar decisão por decisão e, para mim, não acho que deva olhar além da próxima reunião ou das duas próximas”, disse ele.

A taxa que o BCE paga sobre os depósitos bancários, atualmente usada como referência, está em um recorde de 4,0%, mas os investidores estão prevendo três ou quatro cortes até o final do ano, levando-a para entre 3,0% a 3,25%.

(Reportagem de Balazs Koranyi e Francesco Canepa)

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