A chance de uma recessão nos EUA no próximo ano agora está perto do empate à medida que a inflação persistente e aquecida deve encorajar o Federal Reserve a buscar aumentos mais agressivos de juros, segundo economistas.
A probabilidade de uma contração nos próximos 12 meses é de 47,5%, bem acima dos 30% apurados em junho, de acordo com a mais recente pesquisa mensal da “Bloomberg” junto a economistas. Em março, as chances eram de apenas 20%. A última pesquisa foi realizada de 8 a 14 de julho, com 34 economistas.
O Fed “deixou claro que está preparado para sacrificar o crescimento enquanto tenta desesperadamente controlar a inflação por meio de taxas de juros mais altas”, disse James Knightley, economista-chefe internacional do ING. “Isso também está contribuindo para o dólar mais forte em 20 anos, o que prejudicará a competitividade internacional.”
“Neste ambiente, vemos os riscos claros de redução nos gastos do consumidor, enquanto a queda da lucratividade corporativa significa que as empresas começam a se resguardar”, disse Knightley.
Crescimento menor
Os economistas reduziram as estimativas de crescimento no segundo trimestre para uma taxa anualizada de 0,8%, ante 3% na pesquisa do mês passado. Estima-se que o crescimento seja inferior a 2% na segunda metade do ano.
Para 2022, o PIB deve subir em média 2,1%, menos do que a projeção de crescimento de 2,6% do mês anterior. Em 2023, o PIB deverá aumentar em média 1,3%.
As previsões para a principal métrica de inflação do Fed – o índice de preços de gastos com consumo pessoal – foram aumentadas para cada trimestre deste ano. Embora a maioria das estimativas tenha sido enviada antes da divulgação do relatório de inflação de junho, na quarta-feira, o indicador agora é visto em alta anual de 6,3% no trimestre atual. Isso é 0,3 ponto percentual maior do que a estimativa do mês passado.
Para todo o próximo ano, o índice deve ficar acima da meta de 2% do Fed.
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