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Economia

Empresários e políticos compraram vacina e tomaram escondidos, diz revista

Reportagem revelou que o grupo não repassou as doses da Pfizer para o SUS, como é previsto por lei; vacinação teria acontecido em uma garagem.

astrazaneca
Vacina contra Covid-19 no Instituto Butantan REUTERS/Amanda Perobelli

Uma reportagem publicada pela revista “Piauí” revelou que um grupo de 50 políticos e empresários de Belo Horizonte (MG) teria comprado doses da vacina da Pfizer contra a covid-19 por conta própria, sem fazer o repasse ao SUS (Sistema Único de Saúde), como é previsto por lei. Eles e alguns familiares teriam tomado a primeira dose às escondidas e planejariam tomar a segunda em 30 dias.

Segundo a revista, as duas doses teriam custado R$ 600 por pessoa. Pela lei atual, a iniciativa privada é obrigada a repassar as doses adquiridas de laboratórios particulares até que todo grupo prioritário seja imunizado. O país vacinou cerca de 15 milhões de pessoas até agora.

A reportagem mostrou que o grupo é formado por pessoas ligadas ao setor de transporte de Minas Gerais. Segundo a Piauí, fontes que foram vacinadas teriam dito que os irmãos Rômulo e Robson Lessa, donos da viação Saritur, foram os responsáveis por organizar a vacinação do grupo. Um posto de vacinação teria sido improvisado em uma garagem.

Os citados na reportagem, a Pfizer e o Ministério da Saúde não haviam respondido ao pedido de posicionamento da revista até sua última atualização.

População imunizada

Até o momento, 12,7 milhões de pessoas receberam a primeira dose da vacina contra a covid-19 e outros 4,3 milhões tomaram a segunda dose, segundo dados do consórcio de imprensa.

Pela lei aprovada no Congresso Nacional no começo de março, mesmo depois que os grupos prioritários estejam plenamente imunizados, as vacinas que forem compradas pela iniciativa privada devem ser divididas meio a meio com o SUS, sob fiscalização do Ministério da Saúde.

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