Follow-on da BRF sai a R$ 9 por ação
A BRF (BRFS3) levantou R$ 5,4 bilhões em uma oferta subsequente de ações (follow-on) que atraiu investidores incluindo o fundo saudita de investimentos no setor agropecuário Salic, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto.
A companhia vendeu 500 milhões de ações a R$ 9 cada, um desconto de 5,7% em relação ao preço de fechamento desta quinta-feira, disseram as pessoas, que pediram anonimato porque a informação ainda não é pública. Um lote adicional de 100 milhões de ações também foi vendido, segundo as pessoas.
A BRF não respondeu imediatamente a pedido de comentário enviado fora do horário comercial.
Os coordenadores da transação foram JPMorgan, Bradesco BBI, BTG Pactual, Citi, Itaú BBA, Safra, UBS BB e XP.
A transação — a maior oferta de ações no Brasil até o momento em 2023 — havia atraído interesse preliminar tanto do Salic quanto da Marfrig. Os dois anunciaram anteriormente seus planos de comprar até 250 milhões de ações cada na oferta — por até R$ 9 por papel.
Marcos Molina dos Santos, o fundador e presidente da Marfrig, também pode dar mais um passo rumo à combinação das produtoras de proteínas, chamadas por ele de “empresas irmãs” em entrevista à Bloomberg News no início deste ano. A Marfrig poderia chegar a ter uma participação de até 39% na BRF após o follow-on, ante os atuais 33%, segundo estimativas com base no prospecto da oferta.
A BRF, uma das maiores exportadoras de aves do mundo, tem vendido ativos para desalavancar em meio a uma reformulação nos negócios que começou depois que a Marfrig se tornou seu principal acionista. A oferta de ações vai acelerar as tentativas de reduzir sua dívida líquida, que era de R$ 15,3 bilhões em março passado.
Inflação ao consumidor da Argentina desacelera para 6% em junho
O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da Argentina avançou 6,0% em junho ante maio, informou nesta quinta-feira, 13, o Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec). O aumento registrado no núcleo da inflação foi de 6,5%. O resultado aponta para uma desaceleração na comparação mensal, contudo, no confronto anual a inflação continuou acelerando, acumulando alta de 115,6%.
Os setores que registraram maior alta foram os de comunicação (10,5%), saúde (8,6%) e habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis (8,1%). O setor com menor alta foi o de alimentos e bebidas não alcoólicas, com 4,1%.
Ventania afeta operações nos portos de Paranaguá e Santos
Os portos de Santos, Paranaguá e Antonina sofreram restrições nas operações ao longo do dia devido à intensidade dos ventos trazidos pela passagem de um ciclone extratropical pelo Sul do país, informaram as administrações portuárias.
Nos portos paranaenses de Paranaguá e Antonina, importante polo exportador de commodities agrícolas e importador de fertilizantes, as operações foram reduzidas desde a noite de quarta-feira devido à intensidade dos ventos.
Os portos seguem “operando parcialmente”, devido a paradas ao longo do dia, disse a administração portuária de Paranaguá, em nota no final desta tarde.
“Desde a noite de ontem (quarta-feira), algumas atividades alternam períodos de operação e paradas, para segurança dos trabalhadores portuários”, explicou.
A autoridade portuária no Paraná não tinha informações imediatamente sobre impactos nas movimentações.
Em Santos, maior exportador brasileiro de soja, milho, açúcar e café, entre outros produtos, a navegação no estuário, suspensa por volta das 9h, foi liberada pela Capitania dos Portos de São Paulo às 14h30, disse a assessoria de imprensa.
Cinco embarcações que estavam atracadas deixaram o porto de Santos, após a liberação.
Já as entradas de navios, “ainda em número não determinado”, foram reprogramadas para após as 19h.
“Os danos materiais no complexo portuário (de Santos) não foram significativos e as operações em terra funcionaram normalmente durante todo o período”, acrescentou uma nota oficial.
Os portos do Paraná informaram também que seguem monitorando as condições meteorológicas, “operando em contingência enquanto durar os alertas”.
“Conforme orientação da Marinha do Brasil, autoridade portuária e demais agentes mantêm o estado de alerta, já que a navegação na região segue restrita”, acrescentou.
*Com informações da Bloomberg, Estadão Conteúdo e Reuters
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