GPA vai segregar Éxito ‘para destravar valor aos acionistas’
O GPA (PCAR3), dono dos supermercados Pão de Açúcar, anunciou nesta segunda-feira a segregação de sua unidade colombiana Éxito por meio de uma redução de capital, na qual distribuirá 83% das ações que detém na empresa sul-americana aos acionistas.
Com isso, o GPA ficará com 13% do Éxito, parcela com “potencial de monetização no futuro”, disse o GPA em fato relevante.
A transação deverá ocorrer por meio da distribuição proporcional aos acionistas do GPA de ações ordinárias do Éxito, incluindo na forma de BDRs nível II e ADRs nível 2.
Em documento separado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o GPA afirmou que a operação, esperada para ser concluída no primeiro semestre de 2023, tem potencial de “destravamento de valor relevante, beneficiando todos os
acionistas do GPA e Éxito devido ao aumento da liquidez e visibilidade de Éxito no mercado de capitais”.
Atualmente, diz a apresentação, o GPA tem um valor de mercado de cerca de 5,3 bilhões de reais, enquanto a capitalização da Éxito é ainda maior, de 6 bilhões de reais.
Nesta segunda-feira, a ação do GPA deu um salto de 9,72%, repercutindo especulações sobre potencial mudança no controle, com retorno do empresário Abilio Diniz. Na sexta-feira, quando foram veiculadas notícias sobre o tema, o GPA disse que não tinha conhecimento de informações acerca de decisão de venda da companhia pelo controlador, Casino, e nem da possibilidade de uma oferta de um terceiro pela companhia.
Grupos indígenas pedem perdão de dívidas soberanas de países da Amazônia
Grupos indígenas de toda a bacia amazônica pediram, nesta segunda-feira, que instituições financeiras perdoem as dívidas soberanas dos países sul-americanos que compõem a floresta amazônica, em troca de compromissos de preservação do meio ambiente.
A Amazônia é a maior floresta tropical do mundo e sua perservação é considerada fundamental para evitar os impactos mais catastróficos das mudanças climáticas.
O pedido vem de um relatório publicado esta semana liderado pela Coica, uma organização de grupos indígenas que vivem na Amazônia em nove países diferentes.
“O acordo é perdoar a dívida existente em troca de compromissos para acabar com o extrativismo industrial e promover a preservação em áreas prioritárias, territórios indígenas e áreas protegidas”, segundo o relatório.
Ao vincular as obrigações de dívida de governos com as metas climáticas internacionais relacionadas à floresta amazônica, a iniciativa da Coica coloca a preservação na dianteira das discussões sobre renegociação de dívidas.
A Coica pretende preservar 80% da Amazônia até 2025, uma meta que descreve como ainda possível, apesar dos crescentes níveis de desmatamento nos últimos anos.
Embora a Amazônia seja escassamente povoada, a região tem um valor econômico significativo, especialmente com a extração de petróleo no Equador e na Colômbia e a mineração irregular de ouro no Brasil, Peru e Bolívia.
“Essas dívidas (soberanas) adquiridas estão previstas para serem pagas com recursos encontrados em territórios indígenas da Amazônia, como petróleo, mineração e outros”, disse o vice-coordenador da Coica, Tuntiak Katan, do Equador.
Entre os países amazônicos, Brasil, Equador e Colômbia estão sobrecarregados por dívidas soberanas significativas.
Amazon quer entrar no mercado de medicamentos prescritos no Japão
A Amazon.com (AMZO34) está considerando entrar no mercado de vendas de medicamentos prescritos no Japão, informou o jornal Nikkei nesta segunda-feira.
A varejista planeja fazer parceria com farmácias de pequeno e médio porte para o serviço a partir do próximo ano, quando as prescrições virtuais serão permitidas no Japão, disse o Nikkei, citando pessoas envolvidas no projeto.
Os preços dos medicamentos prescritos no Japão são definidos pelo governo, enquanto o sistema de distribuição é altamente fragmentado, com 70 atacadistas em todo o país e quase 60 mil farmácias.
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