BRASÍLIA (Reuters) – O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, defendeu, durante apresentação de projeto de lei que cria direitos para motoristas de aplicativos nesta segunda-feira, que haja um “padrão remuneratório” para essa categoria de trabalhadores.
Segundo ele, haverá regras para o reajuste anual de salários com negociação direta. O ministro lembrou que a proposta não inclui aplicativos de entrega porque as regras, segundo plataformas desse tipo de serviço, não caberiam em seus modelos de negócios.
O projeto de lei complementar lançado nesta segunda-feira cria um pacote de direitos mínimos a motoristas de aplicativos, criando uma nova categoria para esse grupo — o “trabalhador autônomo por plataforma” — e estabelecimento de um pagamento mínimo por hora de trabalho, de 32,09 reais.
Segundo nota do Ministério do Trabalho e Emprego, as novas regras de proteção social e benefícios trabalhistas incluem a previsão de contribuição previdenciária — 7,5% ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) — e a obrigatoriedade de cada trabalhador receber ao menos um salário-mínimo, atualmente em 1.412 reais, a partir de uma jornada de 8 horas diárias trabalhadas.
Para se tornar lei, a proposta precisa ser aprovado por deputados e senadores, e em dois turnos de votação, por se tratar de um projeto de lei complementar. Caso recebam o aval do Congresso, as novas regras entram em vigor 90 dias após sua publicação como lei.
(Reportagem de Lisandra Paraguassu)
Veja também
- Volkswagen fecha acordo com sindicatos para cortar 35 mil empregos até 2030
- BC faz oitava intervenção no câmbio e injeta US$ 28 bilhões em 10 dias no mercado
- CCR fecha acordo para uso de energia solar em pedágios nas rodovias Anhanguera e Bandeirantes
- Governo lança regras de leilão para contratar pequenas hidrelétricas em 2025
- Boeing recebe maior pedido do ano de jatos 737 MAX