O governo federal anunciou nesta sexta-feira (11) que o novo Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) terá investimentos de R$ 1,7 trilhão, considerando recursos da União, estatais e setor privado. Do montante total, o governo estima aplicação de mais de R$ 1,3 trilhão até 2026.
O plano, que o governo federal afirma incluir áreas como saúde, infraestrutura, saneamento, transição energética e defesa, prevê que os investimentos da União serão de R$ 371 bilhões; de estatais, R$ 343 bilhões; financiamentos, R$ 362 bilhões; e setor privado, R$ 612 bilhões.
O Estado do Rio de Janeiro, governado por Claudio Castro, que apoiou Jair Bolsonaro nas eleições do ano passado, receberá o maior montante de investimentos do plano: R$ 342,6 bilhões. As principais obras previstas no Estado serão ligadas ao setor petrolífero, apesar das promessas do governo de incentivar a descabornização da economia.
As obras previstas no Rio de Janeiro no Novo PAC incluem 16 novas plataformas para desenvolvimento da produção de petróleo e gás natural, 11 gasodutos interligados e 1 gasoduto de escoamento Rota 3, Refinaria Duque de Caxias e moradias do programa Minha Casa Minha Vida.
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O Estado de São Paulo, também governado por aliado de Bolsonaro, Tarcísio de Freitas, receberá o segundo maior montante do plano: R$ 179,6 bilhões. Os principais projetos paulistas incluem túnel Santos – Guarujá, Extensão da Linha 2 Verde do Metrô – Vila Prudente – Penha – Guarulhos, Trem de Passageiros São Paulo – Campinas e moradias do programa habitacional Minha Casa Minha Vida.
Minas Gerais, do também aliado de Bolsonaro, Romeu Zema, terá R$ 171,9 bilhões dedicados a projetos que incluem concessão/duplicação da BR 381 – Gov. Valadares – Belo Horizonte; concessões das BR 153, 262 e 040; construção da BR 367 – Salto da Divisa – Almenara; construção da BR 135 – Manga – Itacarambi e moradias do Minha Casa Minha Vida, segundo comunicados do governo federal.
Em seguida, aparece o Estado de Sergipe, como maior recebedor de recursos do Novo PAC: R$ 136,6 bilhões. Segundo o governo federal, Sergipe terá como principais obras o gasoduto do Projeto Sergipe Águas Profundas, duplicação da BR-101 – Sul e Norte; e moradias do programa Minha Casa Minha Vida.
No Amazonas, o governo afirma que serão investidos R$ 47,2 bilhões pelo plano, com as principais obras sendo restauração da BR-174, ampliação do Terminal Manaus Moderna, Porto de São Raimundo, aeroportos de Coari, Fonte Boa, Parintins e São Gabriel da Cachoeira; o programa Luz para Todos, além de moradias do Minha Casa Minha Vida.
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Obras criticadas por ambientalistas e membros do próprio governo federal como o a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, como o asfaltamento de um trecho de cerca de 400 quilômetros da BR-319, que corta o meio da floresta Amazônica e liga Porto Velho (RO) a Manaus (AM), não apareçam citadas nos documentos publicados nesta sexta-feira pelo governo.
No Pará, que receberá R$ 75,2 bilhões em investimentos, o governo lista como obras principais a ponte sobre o Rio Xingu BR-230, duplicação da BR 316 (Castanhal – Trevo de Salinas), pavimentação da BR 308 (Viseu – Bragança), derrocagem do Pedral do Lourenço e também projetos do Minha Casa Minha Vida.
O projeto bilionário da Ferrogrão, ferrovia que pretende ligar a produção de grãos do Centro-Oeste com portos no norte do Pará e que é outro alvo de críticas de ambientalistas, também não é citada entre os principais projetos no Pará. O projeto também não é citado como um dos principais do Novo PAC no Mato Grosso, onde o governo afirma que serão investidos 60,6 bilhões de reais e que terá como maiores empreendimentos as construções da BR-158 – Contorno da Terra Indígena e BR-242 – Gaúcha do Norte – Santiago do Norte.
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