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Economia

Guedes diz que valor médio de auxílio emergencial será de R$ 250

Além da prorrogação do auxílio, Guedes já havia anunciado medidas como antecipar 13º de aposentados.

Paulo Guedes
Ministro Paulo Guedes, em evento no Planalto 22/10/2020 REUTERS/Adriano Machado

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta segunda-feira (8) que o valor médio das novas parcelas de auxílio emergencial a serem pagas a vulneráveis será de R$ 250, com o repasse feito a famílias monoparentais chegando a R$ 375.

Em entrevista a jornalistas no Palácio do Planalto, Guedes ressaltou que a definição final dos valores será feita pelo Ministério da Cidadania. “Só fornecemos os parâmetros básicos”, disse Guedes.

O Senado aprovou na semana passada a PEC Emergencial, que abre caminho para o pagamento do auxílio. O projeto está previsto para ir à votação no plenário da Câmara dos Deputados na quarta-feira.

Outras medidas

Além da prorrogação do auxílio emergencial, outra medida anunciada por Guedes em meio à piora dos números da pandemia de covid-19 no Brasil foi a antecipação do 13º aos aposentados.

Guedes confirmou na sexta-feira (5) que o governo vai antecipar o pagamento este ano como uma medida de enfrentamento à crise da pandemia, como já feito em 2020, e que também já está trabalhando na renovação do programa BEM, que oferece uma complementação de renda a trabalhadores que tenham sofrido redução de jornada e de salários.

“Assim que aprovar o Orçamento, vão ser antecipados também o décimo terceiro justamente dos mais frágeis, dos mais idosos, como fizemos da outra vez. O BEM, que é o programa de preservação de empregos, já estão sendo disparadas as novas bases. Então, tem mais coisa vindo por aí”, disse Guedes em entrevista a jornalistas na portaria do Ministério da Economia, sem dar detalhes.

Normalmente, a primeira parcela do 13º da Previdência, com 50% do valor do pagamento, é paga com o benefício de agosto e a segunda parte, com o de novembro. No ano passado, o 13º do INSS foi integralmente pago no primeiro semestre, no valor total de R$ 47,5 bilhões.

Guedes também voltou a defender a importância do processo de vacinação em massa para a recuperação da economia e criticou os embates políticos no país, ressaltando que “essa guerra sem fim” não ajuda o Brasil.

“Eu acho que nós precisamos de um espírito construtivo, nós temos que construir juntos, é um compromisso construir o Brasil”, afirmou. “Eu tenho dito que essa briga política, essa guerra sem fim, não vai nos ajudar a chegar no melhor lugar.”

As declarações de Guedes vêm um dia depois de o presidente Jair Bolsonaro ter atacado as medidas de restrição de circulação que estão sendo adotadas pelos governadores contra a covid-19.

Na quinta-feira, Bolsonaro também demonstrou irritação com aqueles que cobram em redes sociais que o governo federal compre vacinas contra a Covid-19, chamando-os de idiotas e dizendo que só poderia comprar imunizantes “na casa da tua mãe”.

“Agora o grande desafio é a vacinação em massa, porque na saúde nós precisamos avançar rapidamente para não derrubar a economia brasileira de novo. Além da dimensão humana da tragédia das famílias, tem o perigo de você derrubar a economia de novo, aí você agudiza todo o problema brasileiro”, disse Guedes a jornalistas.

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