O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) registrou o segundo mês seguido de deflação em setembro, ainda refletindo o impacto da queda dos preços dos combustíveis, que têm acompanhado a retração das cotações internacionais e também o efeito de desonerações promovidas pelo governo em ano eleitoral.
O IGP-10 caiu 0,90% este mês, acima da deflação de 0,44% esperada por analistas em pesquisa da Reuters e também maior do que a queda de 0,69% do mês anterior, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta sexta-feira (16).
Com o resultado, o índice passou a acumular avanço de 8,24% em 12 meses, um recuo em relação aos 8,82% registrados em agosto, que foi a primeira leitura de um dígito desde julho de 2020 (+8,57%).
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, teve queda de 1,18% em setembro, depois de recuar 0,65% em agosto.
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10), que responde por 30% do índice geral, caiu 0,14%, após retração de 1,56% em agosto.
“Os combustíveis continuam contribuindo para o arrefecimento das pressões inflacionárias no âmbito do produtor e do consumidor. No IPA, a taxa de variação do diesel passou de 2,28% para -6,70%, sendo a principal influência negativa. No IPC, a taxa de variação da gasolina caiu menos –de -16,88% para -9,66%–, mas manteve-se como maior influência negativa”, disse André Braz, coordenador dos índices de preços na FGV.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, teve variação negativa de 0,02% em setembro, após alta de 0,74% no mês anterior.
O IGP-10 calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.
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