O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou variação positiva de 0,04% em fevereiro, desacelerando ligeiramente ante a taxa de 0,06% do mês anterior, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira.
O resultado ficou acima de expectativa em pesquisa da Reuters de queda de 0,01%, e levou o índice a acumular alta de 1,53% em 12 meses.
Segundo André Braz, coordenador dos índices de preços da FGV, a deflação nos preços ao produtor desacelerou no mês passado, mas foi compensada por um arrefecimento no ritmo de alta dos preços ao consumidor e no setor de construção, o que ajudou a manter a variação média do IGP praticamente inalterada.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que responde por 60% do indicador geral, caiu 0,04% em fevereiro, ante baixa de 0,19% em janeiro.
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) –que responde por 30% do IGP-DI– reduziu a alta para 0,34% no mês passado, de 0,80% antes.
Entre os componentes do IPC, o destaque foi o grupo educação, leitura e recreação, que caiu 0,80% em fevereiro, abandonando alta de 3,28% vista em janeiro. Também houve declínio nas taxas de variação dos grupos alimentação (0,48% para -0,03%), transportes (0,92% para 0,43%) e comunicação (0,73% para 0,67%).
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, variou 0,05% em fevereiro, arrefecendo ante avanço de 0,46% no mês anterior.
O IGP-DI calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre o 1º e o último dia do mês de referência.
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