A alta dos preços ao produtor arrefeceu ao mesmo tempo em que a inflação ao consumidor acelerou sob o peso da gasolina, e o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) subiu 1,95% na primeira prévia de março, depois de registrar alta de 1,92% no mesmo período do mês anterior.
Os dados informados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quarta-feira (10) mostram que o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do IGP-M, teve na primeira prévia de março alta de 2,33%, contra avanço de 2,54% no mesmo período do mês anterior.
O leve arrefecimento foi resultado da alta de 0,46% registrada pelo grupo Matérias-Primas Brutas, que havia disparado 4,45% na primeira prévia de fevereiro. Segundo a FGV, os preços do minério de ferro (5,74% para -0,45%), soja em grão (5,78% para -0,32%) e bovinos (8,03% para 1,13%) foram os principais responsáveis por essa leitura.
Ao mesmo tempo, disse André Braz, coordenador dos índices de preços, “os acréscimos registrados nas taxas dos grupos bens finais (0,21% para 1,62%) e bens intermediários (2,34% para 5,32%) revelam o espalhamento das pressões inflacionárias, antes concentradas no grupo matérias-primas brutas.”
“Os aumentos nos preços do diesel (3,32% para 18,90%) e da gasolina (11,18% para 15,48%) também contribuíram para o avanço das taxas de bens finais e intermediários”, completou.
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Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% no índice geral, mostrou maior pressão ao subir 0,79% no período, de alta de 0,19% na primeira prévia de fevereiro.
O grupo Transportes registrou alta de 3,38% no primeiro decêndio de março, ante alta anterior de 0,96%, uma vez que os preços da gasolina dispararam 10,00%, contra taxa de 2,88% no mesmo período de fevereiro.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, acelerou a alta a 1,24% na primeira prévia de março, de 0,60% antes.
O IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de aluguel de imóveis.