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Economia

Impactado por Vale e Petrobras, Ibovespa tem 6º pregão consecutivo de queda

Dólar subiu 0,22%, para R$ 5,29

O Ibovespa descolou de Wall Street e fechou em queda de 0,32% nesta quarta-feira (05), pelo sexto pregão seguido, aos 121.407,33 pontos, com as ações da Vale novamente entre as maiores pressões de baixa, após nova queda do minério de ferro na China. O volume financeiro somou R$ 19,6 bilhões.

De acordo com o chefe da EQI Research, Luís Moran, commodities como o petróleo e o minério de ferro têm sofrido bastante, o que afeta o Ibovespa. Apenas as ações de Vale e Petrobras respondem por mais de um quarto do índice. “É fundamentalmente commodities”, afirmou.

Nesta sessão, o petróleo até experimentou uma recuperação, com o barril do Brent fechando em alta de mais de 1%, a US$ 78,41. Mas o avanço ocorreu após cinco quedas seguidas, em que o Brent acumulou uma perda de quase 8%.

Estados Unidos

Wall Street, por sua vez, fechou no azul, com o S&P 500 e o Nasdaq renovando recordes, enquanto dados mostraram novos sinais de desaquecimento da economia norte-americana, corroborando a queda nos rendimentos dos Treasuries.

Moran citou que os dados de atividade nos Estados Unidos estão se alinhando em uma direção clara de que a maior economia do mundo está desaquecendo, mas ainda há dúvidas sobre um corte de juros pelo Federal Reserve.

Para ele, uma resposta mais positiva da bolsa paulista ao cenário norte-americano depende ainda de uma sinalização mais clara sobre uma primeira redução da taxa básica de juros nos EUA. “Esse seria o gatilho para virarmos a mão nesse jogo.”

Investidores também continuaram analisando medida provisória editada na véspera com mudanças no sistema de créditos de PIS/Cofins para compensar a desoneração da folha salarial de 17 setores da economia e municípios de pequeno porte.

Para analistas do Bradesco BBI, empresas de alimentos, distribuição de combustíveis, agricultura e farmacêuticas devem ser as mais afetadas pela medida, que limita o uso de créditos para compensação.

Destaques

– VALE ON recuou 1,42%, com os futuros do minério de ferro na China completando cinco sessões de baixa. A mineradora anunciou acordo de R$ 1,8 bilhão para melhorar a eficiência da frota de locomotivas na ferrovia que liga suas operações em Carajás (PA) a portos exportadores.

– PETROBRAS PN fechou com acréscimo de 0,13%, com o petróleo mostrando sinal positivo no exterior. O barril de Brent subiu mais de 1%. Analistas do UBS BB também reiteraram recomendação de “compra” para as ações da estatal e elevaram o preço-alvo dos papéis de R$ 43 para R$ 49.

– ITAÚ UNIBANCO PN encerrou em baixa de 0,19% e BRADESCO PN cedeu 0,54%.

– SABESP ON valorizou-se 4,47%, conforme se aproxima o prazo estimado para a oferta pública de ações — meados do ano — que resultará na privatização da companhia de saneamento básico do Estado de São Paulo. Detalhes foram divulgados no começo da semana sobre a operação.

– MAGAZINE LUIZA ON terminou em alta de 4,64%, após tombo na véspera, quando reagiu a mudanças no sistema de créditos de PIS/Cofins e decisão do relator no Senado do projeto que institui o Programa Mover de retirar do texto o dispositivo que resgatava a cobrança de imposto sobre compras internacionais de até US$ 50.

– EMBRAER ON caiu 2,87%, após duas sessões seguidas de alta, período em que acumulou um ganho de 4%. Analistas do Santander reiteraram recomendação “outperform” para as ações, mas reduziram previsão para o Ebitda em 2024 e 2025, bem como o preço-alvo dos ADRs de US$ 38 para US$ 37.

– LWSA ON perdeu 3,34%, no segundo pregão de ajuste de baixa, após forte valorização nos três pregões anteriores, quando acumulou um ganho de quase 9%, em parte impulsionado pelo anúncio de um programa de recompra de ações.

Dólar

O dólar à vista subiu 0,22%, a R$ 5,2979, pelo segundo dia e voltou a oscilar acima dos R$ 5,30, encerrando a sessão pouco abaixo deste nível, com as cotações acompanhando o avanço da moeda norte-americana também no exterior após a divulgação de dados fortes do setor de serviços dos Estados Unidos.

Foi o maior valor de fechamento desde 5 de janeiro de 2023, quando a moeda foi cotada a R$ 5,3527.

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