A inflação ao consumidor brasileiro encerrou 2023 com alta acumulada de 4,62% e voltou a ficar abaixo do teto da meta depois de dois anos seguidos de estouro do objetivo, ainda que tenha superado as expectativas.
A leitura do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nos 12 meses até dezembro de 2023, divulgada nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficou assim dentro do intervalo da meta para o ano passado, de 3,25% com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
O resultado, que mostra uma acomodação da inflação em patamares mais baixos, ficou abaixo das taxas de 5,79% e 10,06% registradas respectivamente em 2022 e 2021, quando a alta do IPCA ficou acima do limite máximo do objetivo e obrigou o Banco Central a divulgar cartas explicando os motivos.
Porém foi mais forte do que a expectativa em pesquisa da Reuters de um avanço de 4,54% nessa base de comparação.
Somente em dezembro o IPCA subiu 0,56%, acelerando ante o ritmo de 0,28% em novembro e também acima da taxa de 0,48% esperada em pesquisa da Reuters.
Depois de levar a taxa básica de juros ao recorde de 13,75%, o BC embarcou a partir de agosto em um ciclo de afrouxamento monetário que reduziu a Selic ao atual patamar de 11,75%. A autoridade monetária volta a se reunir em 30 e 31 de janeiro, e o mercado prevê que a Selic terminará este ano a 9,0%, segundo a pesquisa Focus mais recente.
Para 2024, o centro da meta para a inflação determinada pelo Conselho Monetária Nacional cai a 3,0%, também com margem de 1,5 ponto percentual, com especialistas calculando que o IPCA fechará o ano com avanço de 3,9%.
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