Por Angelo Amante
ROMA (Reuters) – A Itália planeja convidar líderes de países da América do Sul e da África, incluindo Brasil, Argentina, Egito e Tunísia, para a cúpula do G7 que sediará em meados de junho, informou uma fonte próxima ao assunto.
O G7 inclui Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e a União Europeia. A cúpula dos líderes será realizada em Borgo Egnazia, um resort na região da Puglia, no sudeste da Itália, de 13 a 15 de junho.
A fonte, que não quis ser identificada devido à sensibilidade do assunto, citou a Argélia e o Quênia entre outros países que receberão um convite, junto de representantes da União Africana.
Brasil, Índia e África do Sul devem comparecer na cúpula como membros do G20, disse a fonte, acrescentando que outros países ainda podem ser convidados.
Críticos dizem que o G7 funciona apenas como um clube de elite de países ricos. Procurando parecer mais inclusivo e menos indiferente, o G7 tem convidado outros líderes globais há vários anos, na esperança de reforçar o consenso sobre questões importantes, como a guerra na Ucrânia e as relações com a China.
A Itália detém a presidência rotativa do G7 para 2024 e a primeira-ministra Giorgia Meloni tem dito que o desenvolvimento da África será um item central nas discussões, junto do enfrentamento dos perigos apresentados pela inteligência artificial.
Meloni tem feito da África uma peça central de sua política externa desde que assumiu o cargo em 2022, lançando um projeto com vários países africanos em janeiro com o objetivo de impulsionar os laços econômicos, criar um hub de energia para a Europa e conter a imigração.
É provável que a guerra na Ucrânia também esteja no foco central das discussões do G7, com a grande expectativa de que o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy participe da cúpula, como fez no ano passado, quando ela foi realizada no Japão.
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