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Economia

Japão rebaixa visão sobre economia devido a gastos lentos dos consumidores

TÓQUIO (Reuters) – O governo do Japão rebaixou sua visão sobre a economia em fevereiro pela primeira vez em três meses devido à fraqueza dos gastos do consumidor, sugerindo uma trajetória turbulenta para sair da recessão diante da lenta recuperação salarial e de uma produção industrial sem brilho.

O governo também piorou sua avaliação sobre os gastos do consumidor pela primeira vez em dois anos, dizendo que a recuperação parece estar “estagnada”, ressaltando o desafio para o Banco do Japão no momento em que busca sair de sua política monetária ultrafrouxa este ano.

A avaliação pessimista foi feita depois que dados da semana passada mostraram que a economia japonesa entrou inesperadamente em recessão no quarto trimestre devido à demanda interna fraca, perdendo sua posição de terceira maior economia do mundo para a Alemanha.

“A economia está se recuperando moderadamente, embora pareça estar se estagnando recentemente”, disse o Escritório do Gabinete em relatório nesta quarta-feira. Foi o primeiro rebaixamento desde novembro de 2023.

A avaliação mais fraca sobre os gastos do consumidor deveu-se a uma pausa na recuperação dos gastos com serviços e a uma queda nos gastos com bens não duráveis devido a fatores como aumentos de preços.

Os salários reais do país caíram por 21 meses consecutivos em dezembro, já que a inflação ultrapassou a recuperação salarial e continuou a pesar sobre os gastos das famílias.

A suspensão de parte da produção e dos embarques de automóveis levou o governo a cortar sua visão sobre a produção industrial pela primeira vez desde março de 2023. Ele disse que, embora a expectativa seja de que a produção industrial irá se recuperar, “a atividade de produção caiu recentemente”.

A recuperação dos gastos de capital também parece estar “estagnada”, disse o relatório, mantendo a mesma opinião do mês anterior.

Os planos de gastos de capital das empresas são sólidos mas seus investimentos não foram realizados, em parte devido à escassez de mão de obra, disse uma autoridade do Escritório do Gabinete.

(Reportagem de Kaori Kaneko)

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