As quedas nos preços de leite e combustíveis levaram o Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) a acelerar a deflação a 1,04% em outubro, contra recuo de 0,90% no mês anterior, mostraram os dados da Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira.
A expectativa em pesquisa da Reuters era de queda de 1,08%, e com o resultado do mês o IGP-10 passou a acumular avanço em 12 meses de 7,44%.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, teve queda de 1,44% em outubro, depois de recuo de 1,18% no mês anterior.
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10), que responde por 30% do índice geral, voltou a subir, a uma taxa de 0,17%, depois de ter recuado 0,14% em setembro.
“No IPA, as maiores contribuições para a queda do índice foram leite in natura (-7,21%) e óleo diesel (-4,22%). Já no IPC, as quedas registradas para gasolina (-7,09%) e leite tipo longa vida (-11,36%) contiveram parcialmente o ritmo de aceleração do índice”, explicou André Braz, coordenador dos índices de preços da FGV.
Segundo ele, os preços ao consumidor voltaram a subir devido à influência do setor de serviços, principalmente passagens aéreas (+17,70%) e aluguel residencial (+1,38%).
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez teve variação positiva de 0,01% em outubro, de uma taxa negativa em 0,02% no período anterior.
O IGP-10 calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.
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