Estudo elaborado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) e que será entregue aos candidatos à Presidência da República, prevê que o aumento da produtividade no país pode gerar crescimento de US$ 1 trilhão do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro nos próximos cinco anos, e reivindica a volta do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços, diluído pelo presidente Jair Bolsonaro no início do seu governo, em 2019.
Com esse crescimento – de US$ 1,804 trilhão para US$ 2,821 trilhões correntes -, o país pode subir da 12ª para a 8ª posição no ranking das maiores economias do mundo até 2027, segundo o documento “Propostas da Firjan para um Brasil 4.0”, que contém 62 propostas na esfera federal para a reindustrialização do Brasil e 41 na abrangência estadual.
Nas duas esferas, a agenda ressalta a necessidade de fomentar setores estratégicos de modo a fortalecer a competitividade industrial e reduzir o risco da dependência em relação às longas cadeias globais, em particular aqueles responsáveis por insumos-base da produção industrial do país; estruturação do Mercado de Carbono; Redução da impunidade para roubo de cargas e de comercialização de produtos ilícitos; e Compromisso com a segurança jurídica.
O documento mostra que, historicamente, o país registra baixa produtividade e nos últimos anos o crescimento do PIB esteve relacionado a fatores que não se repetirão no futuro, como o rápido crescimento da população em idade ativa em relação à população total do país.
O lançamento da “Agenda de Propostas Firjan para um Brasil 4.0” acontece nesta manhã na sede da Firjan no Rio de Janeiro e reúne dezenas de empresários fluminenses.
“O mundo redescobriu a importância da indústria. Indústria produtiva é sinônimo de economia forte. Produtividade é a chave para o avanço da indústria”, destacou o presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira. “A indústria 4.0 precisa de um Brasil 4.0. E um dos primeiros passos para que isso ocorra é a recriação do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços”, acrescentou o executivo.
Por conta desse novo cenário, a agenda apresenta quatro pilares, ressaltando a importância de medidas que finalmente aumentem a produtividade, por meio da melhoria do “Ambiente de negócios”, da “Infraestrutura”, do “Capital humano” e da “Eficiência do estado”.
“Diante das diversas mudanças sociais e econômicas em escala global, é primordial para o Brasil e para o Rio de Janeiro que se avance em reformas e em ações que permitam estabelecer uma rota de crescimento sustentado, baseado na elevação da produtividade. E as propostas de nossa agenda sugerem claramente os caminhos a serem percorridos”, explicou o vice-presidente da federação, Luiz Césio Caetano, e coordenador do Grupo de Trabalho Empresarial que construiu o documento.
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