No bilionário mercado de bets, só uma minoria das empresas do setor conseguiu entrar em 2025 operando com licença definitiva do governo federal. O processo de regulamentação começou para valer em 20 de agosto, o primeiro prazo do Ministério da Fazenda para processar pedidos de autorização para operar as apostas. E na semana passada, a pasta tornou pública a lista das empresas que conseguiram cumprir todos os requisitos.

Um levantamento feito pelo InvestNews mostrou que:

Juntas, as 65 empresas com licença definitiva ou provisória operam 136 bets diferentes no Brasil
— 30 em caráter definitivo e 106 ainda provisoriamente (veja a lista completa abaixo).

Quem conseguiu o cartão verde do governo vai poder operar até o fim de 2029. Já as que tiveram seus pedidos negados ainda podem recorrer da decisão.

Já as empresas com licença provisória foram liberadas porque pagaram a outorga de R$ 30 milhões – uma das condições exigidas na regulamentação. Mas elas ainda precisam apresentar todos os documentos requisitados para manter a operação regular.

Até agora, o governo já arrecadou R$ 2,01 bilhões junto às empresas por meio do pagamento das outorgas. Em 21 de agosto, o Ministério da Fazenda havia informado que a previsão era de que cerca de 220 bets fossem incluídas em pedidos oficiais de operação, o que representaria uma receita de R$ 3,4 bilhões.

Mapa das bets

Cada empresa que faz o pedido para operar no mercado pode indicar até três marcas diferentes por requerimento – sendo que cada marca é uma bet. Nessa leva mais recente, as 103 empresas fizeram 106 pedidos diferentes — três delas protocolaram dois requerimentos para explorar até seis marcas diferentes.

Assim, desde a quarta-passada (1º) o governo federal permite que 136 bets operem regularmente no Brasil. Confira abaixo a lista com o nome da marca, a empresa responsável e o tipo de licença:

As 38 empresas que tiveram seus pedidos indeferidos ou arquivados foram responsáveis por 40 requerimentos enviados até 20 de agosto.

Novo mercado regulado

Os dados foram levantados junto a documentos divulgados no Diário Oficial da União na semana passada e no Sistema de Gestão de Apostas (Sigap). E se referem a pedidos feitos até o dia 20 de agosto de 2024 – prazo final do primeiro “ultimato” que o governo deu para as empresas se regulamentarem.

Desde então, a quantidade de pedidos mais que dobrou até a atualização mais recente do Sigap. Entre 21 de agosto e 31 de dezembro de 2024, o governo federal já recebeu outros 156 pedidos de regularização.

Considerando que o prazo atual para análise de documentos é de 150 dias, 42% desses novos pedidos devem receber resposta até o fim de fevereiro.

Mesmo assim, o total de sites autorizados e os que já pediram para jogar dentro do fairplay regulatório representa uma gota no oceano de sites de apostas que inundou o país, a imensa maioria atuando na ilegalidade. Em outubro de 2024, o Ministério da Fazenda informou que já tinha tirado do ar 5.238 domínios diferentes com o auxílio da Polícia Federal.

Segundo a pasta, o mercado regulado de apostas que começa a partir de janeiro vai operar em diversas frentes: