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Economia

Opep+ aprova corte profundo na produção de petróleo, apesar da pressão dos EUA

O grupo decidiu cortar a produção de petróleo de 2 milhões de barris por dia.

A Opep+ concordou nesta quarta-feira (5) com o seu corte mais profundo na produção de petróleo desde o início da pandemia de Covid, em 2020, restringindo a oferta em um mercado apertado apesar da pressão dos Estados Unidos e de outros por mais produção.

Em reunião em Viena, o grupo decidiu cortar a produção de petróleo de 2 milhões de barris por dia, segundo fontes disseram à Reuters.

O corte pode estimular uma recuperação nos preços do petróleo que caiu para cerca de 90 dólares, de 120 dólares três meses atrás, por temores de um recessão econômica global, aumento das taxas de juros dos EUA e um dólar mais forte.

Fontes disseram que ainda não está claro se os cortes podem incluir reduções voluntárias adicionais por membros como Arábia Saudita ou se poderiam incluir a subprodução existente pelo grupo.

Os Estados Unidos pressionaram a Opep a não prosseguir com os cortes, argumentando que os fundamentos não os sustentam, disse uma fonte familiarizada com o assunto.

“Pode haver mais reações políticas dos EUA, incluindo lançamentos adicionais de estoques estratégicos, juntamente com alguns curingas, incluindo a promoção de um projeto de lei NOPEC”, disse o Citi, referindo-se a um projeto de lei antitruste dos EUA contra a Opep.

O JPMorgan também disse esperar que Washington implemente contramedidas liberando mais estoques de petróleo.

Preços sobem

Unidade de produção no Texas 24/11/2019 REUTERS/Angus Mordant

O petróleo Brent era negociado acima de 93,20 dólares por barril nesta quarta-feira, com alta de 1,7%, depois de já ter registrado alta na terça-feira (4).

A Opep+, incluindo a Rússia, disse que procura evitar volatilidade em vez de visar um determinado preço do petróleo.

O Ocidente acusou a Rússia de usar a energia como arma, criando uma crise na Europa que poderia desencadear racionamento de gás neste inverno.

Moscou acusa o Ocidente de usar o dólar como arma e sistemas financeiros, como SWIFT, em retaliação à invasão da Ucrânia pela Rússia.

Parte da razão pela qual Washington quer preços mais baixos do petróleo é privar Moscou da receita do petróleo, enquanto a Arábia Saudita não condenou as ações de Moscou.

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