Os preços do petróleo subiam mais de US$ 3 nesta segunda-feira (3), à medida que a Opep+ considera reduzir a produção em mais de 1 milhão de barris por dia (bpd), como forma de sustentar os preços com o que seria seu maior corte desde o início da pandemia de Covid-19.
Os contratos futuros de petróleo Brent ganhavam US$ 3,56, ou 4,18%, a US$ 88,70 por barril às 08h40 (horário de Brasília). O petróleo dos EUA (WTI) subia 4,52%, ou US$ 3,59, para US$ 83,08.
Os preços do petróleo caíram por quatro meses consecutivos desde junho, com a demanda prejudicada pelos lockdowns da Covid-19 na China, principal consumidora mundial de energia, enquanto as taxas de juros crescentes e a alta do dólar pesavam nos mercados financeiros globais.
Para sustentar os preços, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados, conhecidos coletivamente como Opep+, estão considerando um corte de produção de mais de 1 milhão de bpd antes da reunião de quarta-feira, disseram fontes da Opep+ à Reuters.
Esse número não inclui cortes voluntários adicionais por membros individuais, acrescentou uma fonte da Opep.
Se acordado entre os países produtores, será o segundo corte mensal consecutivo do grupo, após uma redução de 100.000 bpd da produção no mês passado.
“O pano de fundo para a reunião desta semana é precário, mas os fundamentos do petróleo estão relativamente saudáveis”, disse Peter McNally, líder global de energia da empresa de pesquisa de investimentos Third Bridge.
“Os dois maiores pontos de interrogação são as perspectivas de demanda (especialmente na China) e o que acontece com a oferta russa após a proibição da UE entrar em vigor em 5 de dezembro”.
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