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Economia

Petróleo reage ao corte na produção; veja o reflexo em ações de petroleiras

As ações de Petrobras e 3R subiam nesta tarde, enquanto PRIO recuava.

O preço do petróleo fechou em alta nesta segunda-feira (5), com o mercado reagindo à notícia de que a Arábia Saudita anunciou cortes de 1 milhão de barris por dia (bpd) em sua produção de petróleo, em um passo para tentar evitar quedas mais profundas dos preços internacionais da commodity.

O petróleo Brent subiu US$ 0,58 a US$ 76,71 o barril, depois de atingir a máxima da sessão de US$ 78,73. O Petróleo dos EUA (WTI) subiu US$ 0,41 para US$ 72,15 depois de atingir uma máxima intradiária de US$ 75,06. Ambos os contratos estenderam ganhos de mais de 2% na sexta-feira.

As ações preferenciais da Petrobras (PETR4) registraram alta de 1,07%, enquanto o papel de 3R Petroleum (RRRP3) subiu 0,94%. Enquanto isso, a ação da Prio (PRIO3) teve leve alta de 0,08%.

Petróleo (Foto: drpepperscott230/Pixabay)
Petróleo (Foto: drpepperscott230/Pixabay)

Segundo análise de Eduardo Nishio, da Genial Investimentos, o corte na produção seria suportado principalmente pela Arábia Saudita com objetivo de sustentar os preços do petróleo nos níveis atuais. Esse corte é o segundo anunciado em poucos meses e, para Nishio, chama atenção o cenário de fraca demanda para que a medida seja tomada com tanta frequência.

Analisando os papeis de petroleiras na bolsa que podem se dar bem, “empresas privadas tendem a surfar melhor cenários altistas de preço”, disse o analista.

Na escolha da Genial, o principal nome que deve se beneficiar é a Prio, “que está entregando expansão interessante na produção e executando bem seus projetos”, disse o analista em relatório.

A Genial recomenda a compra dos papeis pelo preço alvo de R$ 60. Hoje, eles estavam sendo negociados a R$ 35, o que representa um upside de 71,4%.

Entenda o corte na produção de petróleo

Os sauditas temem uma queda acentuada dos preços em um momento de incertezas quanto à demanda. Somado a isso, existem preocupações pelos produtores do combustível sobre o enfraquecimento econômico dos Estados Unidos e da Europa, enquanto a recuperação da China foi menos robusta do que muitos esperavam.

Em abril, a Opep+ surpreendeu ao anunciar novos cortes de até 1,16 milhão de barris por dia, o que impulsionou a commodity e suscitou temores que as pressões inflacionárias globais poderiam ser potencializadas. Em outubro de 2022, a Opep+ já havia anunciado corte de 2 milhões de barris por dia, o que incomodou o presidente dos EUA, Joe Biden. Ambos os cortes, no entanto, deram pouco impulso duradouro aos preços do petróleo.

Os sauditas precisam de receitas de petróleo sustentadas para financiar projetos de desenvolvimento ambiciosos, que visam diversificar a economia do país para além da commodity. O Fundo Monetário Internacional estima que o reino precise de US$ 80,90 por barril para cumprir com seus compromissos previstos, que incluem um projeto de cidade futurista no deserto, planejado em US$ 500 bilhões.

Os sauditas, no entanto, também precisam levar em consideração que preços mais altos do petróleo podem alimentar a inflação em países consumidores. Com o menor poder de compra, bancos centrais, como o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), podem aumentar ainda mais as taxas de juros.

(* Com informações de Estadão Conteúdo)

  • Confira ações da Petrobras (PETR4)

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