O preço médio da gasolina caiu 10,93% em agosto em relação ao mês de julho. O combustível fechou o mês a um preço médio de R$ 5,666, de acordo com levantamento feito pela ValeCard, empresa especializada em soluções de gestão de frotas.
“O recuo dos preços da gasolina, pelo segundo mês consecutivo, é fruto da combinação de dois fatores principais: a redução do ICMS e do PIS/Cofins pelos estados e a queda do valor do combustível para as refinarias pela Petrobras, decorrente da política de paridade de preços com o valor do petróleo no mercado global”, analisa José Ortigosa, CEO de Benefícios e Frota da ValeCard.
Os dados foram obtidos por meio do registro das transações realizadas entre os dias 1º e 25 de agosto com o cartão de abastecimento da ValeCard em mais de 25 mil estabelecimentos credenciados.
O estudo apontou que os estados brasileiros que registraram as maiores quedas foram Piauí (-16,37%), Rio Grande do Norte (-14,86%), Sergipe (-14,46%), Maranhão (-14,46%) e Pernambuco (-14,39%). Nenhum estado apresentou altas nos preços, mas as quedas mais tímidas foram verificadas em Paraná (-7,25%), Roraima (-7,47%) e Santa Catarina (-8,01%).
Etanol só é vantajoso em Mato Grosso
Em agosto, o preço médio do etanol no país foi de R$ 4,020, o que representa uma queda de 8,78% em relação ao mês anterior, quando o valor médio era de R$ 4,407.
Com a queda mais acentuada no preço da gasolina, o estudo apontou que o etanol se manteve pouco atrativo em quase todos os estados. Assim como em julho, no mês de agosto a opção só valeu a pena, em termos de custo, no estado de Mato Grosso.
O método utilizado nesta análise, descontando fatores como autonomias individuais de cada veículo, é de que, para compensar completar o tanque com etanol, o valor do litro deve ser inferior a 70% do preço da gasolina.
Veja também
- Lei do combustível do futuro pode destravar R$ 260 bilhões em investimentos
- Maior refinaria da África pode mudar mercado global de gasolina
- Combustível no mercado irregular já desvia 13 bi de litros, estima Vibra Energia
- De olho no hidrogênio verde, norueguesa Fuella investe no Porto do Açu
- Raspas e restos que interessam: o poder do combustível feito de lixo urbano