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Economia

‘Prévia do PIB’ acelera 1,7% em fevereiro, antes de piora da pandemia

Atividade econômica registrou o nível mais forte de expansão em sete meses, no décimo mês seguido de crescimento.

Veículos recém-fabricados em estacionamento de fábrica da Volkswagem, em São Bernardo do Campo, SP 05/01/2017 REUTERS/Paulo Whitaker

A atividade econômica brasileira registrou o nível mais forte de expansão em sete meses em fevereiro, no décimo mês seguido de crescimento, antes de passar a enfrentar a intensificação da pandemia de Covid-19 no país e das medidas de restrição e isolamento.

O Banco Central informou nesta segunda-feira que seu Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), teve alta de 1,70% em fevereiro na comparação com o mês anterior, de acordo com dado dessazonalizado.

Maior alta desde julho

A leitura representa a alta mais intensa desde julho de 2020 e dá sequência aos ganhos vistos desde maio, quando a economia passou a se recuperar do tombo visto em março e abril devido ao início da pandemia no país.

O índice mostrou ainda aceleração em fevereiro depois de ter começado o ano mostrando força da economia com alta de 1,25% em janeiro, em dado revisado pelo BC depois de divulgar avanço de 1,04%.

Dados antecedem piora da pandemia

Mas a situação sanitária no Brasil se agravou no final de fevereiro e, em seguida, o Brasil se tornou o epicentro global da pandemia de Covid-19, chegando a ultrapassar 4 mil mortes em 24 horas.

A crise, com sistemas de saúde muito sobrecarregados, levou várias localidades a intensificarem as medidas de contenção, voltando a fechar comércios não essenciais e restringindo ainda mais a mobilidade.

Na comparação com fevereiro de 2020, o IBC-Br registrou avanço de 0,98% e, no acumulado em 12 meses, teve queda de 4,02%, segundo números observados.

Fevereiro já mostrou perdas entre os setores econômicos. A indústria registrou queda inesperada de 0,7% na produção e interrompeu nove meses de resultados positivos, sob o peso das perdas na produção de veículos automotores e indústrias extrativas.

Mas as vendas no varejo voltaram a crescer no país após dois meses de recuos, enquanto o volume de serviços enfim superou em fevereiro o nível pré-pandemia pela primeira vez. Serviços avançaram 3,7% no mês.

O país ainda enfrenta incertezas como a lentidão da vacinação e sobre o Orçamento para 2021, e as expectativas para o crescimento do PIB vêm diminuindo.

A pesquisa Focus do BC divulgada nesta segunda-feira mostra que o mercado espera crescimento de 3,04% do PIB em 2021, indo a 2,34% em 2022.

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