Um Federal Reserve unido concordou em manter a taxa de juros na reunião de junho como uma forma de ganhar tempo e avaliar se seriam necessários novos aumentos, mesmo que a grande maioria esperasse que seria necessário apertar ainda mais a política monetária, de acordo com a ata da reunião divulgada nesta quarta-feira (5).
Enquanto “alguns participantes” quiseram aumentar os juros em junho porque o progresso no arrefecimento da inflação estava lento, “quase todos os participantes julgaram apropriado ou aceitável manter” a taxa básica na atual faixa de 5% a 5,25%, disse a ata.
“A maioria desses participantes observou que deixar a taxa inalterada nessa reunião lhes daria mais tempo para avaliar o progresso da economia”, na direção de levar a inflação para 2% desde o seu nível atual, que é mais do que o dobro disso.
Segundo William Castro Alves, estrategista-chefe da Avenue, apesar de manterem as taxas de juros inalterados no encontro em junho, a maioria dos participantes votaram que serão necessários mais aumentos de juros olhando a frente, e que a inflação segue inaceitavelmente alta e sendo um problema a ser controlado.
“Como reflexo disso, os membros do Fed atualizaram sua previsão de aumento de juros, estimando uma taxa terminal de 5,6% (acima da previsão anterior de 5,1%), reforçando a ideia de mais aumentos à frente. O mercado adotou o discurso e atualmente 86% do mercado espera que o FED retome o aumento de taxas na reunião de 25 a 26 de julho, de acordo com monitor de juros da CBOE”.
Ainda segundo o estrategista, não obstante, a curva de juros americana também reflete isso, com os juros de vencimento de 2 anos chegando a 4,95%, próximo as máximas de 52 semanas.
“A questão toda é que tais aumentos seguem condicionados aos dados e devem se dar em ritmo mais lento”.
William Castro Alves, estrategista-chefe da Avenue
Com Reuters
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