O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira (17) manter a taxa Selic em 15% ao ano pela segunda vez seguida neste ano. A decisão já era amplamente esperada pelo mercado financeiro. A decisão foi unânime.

A manutenção acontece em um momento em que a autoridade monetária do Brasil está avaliando se o atual nível de juros, o maior desde julho de 2006, será o suficiente para controlar a inflação.

Em mensagem divulgada após o comunicado, o Copom afirmou que o momento ainda exige cautela e que seguirá avaliando se a manutenção da Selic será suficiente para que a inflação chegue à meta de 3%. “O Comitê enfatiza que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e que não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso julgue apropriado.”

Mais cedo, o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) reduziu a taxa de juros da maior economia do mundo em 0,25 ponto percentual, para o intervalo de 4% a 4,25% ao ano. Também sinalizou que mais dois cortes deverão ocorrer até o fim do ano, o que pode abrir espaço para o BC brasileiro avaliar o início dos cortes da Selic.

A expectativa de estabilidade da Selic, somada ao corte do Fed, ajudou a impulsionar os mercados locais: o Ibovespa renovou recorde intradiário durante a sessão.