O Tesouro Nacional captou US$ 2,250 bilhões no mercado internacional nesta terça-feira (29) com a emissão de um novo bônus de referência de 10 anos, o Global 2021, e uma reabertura do título Global 50, de 30 anos.
As emissões marcaram a primeira incursão do país no mercado externo no ano, após uma captação de US$ 2,5 bilhões no início de dezembro que envolveu a reabertura de três títulos.
O país levantou agora US$ 1,5 bilhão com o lançamento de um novo bônus de 10 anos, o Global 2021, em operação que resultou em uma taxa de retorno para o investidor de 3,875%. O spread foi de 240,2 pontos-base acima do título dos EUA de referência (Treasury), com o papel emitido ao preço de 98,948% do seu valor de face, informou o Tesouro.
O Tesouro também realizou uma reabertura de seu bônus com vencimento em 2050, captando US$ 750 milhões com um rendimento de 4,925% para o investidor. Nesse caso, o spread foi de 282,5 pontos-base acima do Treasury.
A operação ocorre em um momento de relativa melhora do cenário econômico doméstico, com sinais de retomada da atividade e de avanços em algumas reformas minimizando preocupações de mais curto prazo com a trajetória fiscal, mesmo em meio à alta persistente da inflação.
“O objetivo da operação é dar continuidade à estratégia do Tesouro Nacional de promover a liquidez da curva de juros soberana em dólar no mercado externo, provendo referência para o setor corporativo, e antecipar financiamento de vencimentos em moeda estrangeira”, disse o Tesouro em nota divulgada pela manhã.
A operação foi liderada pelos bancos Bradesco BBI, Goldman Sachs e HSBC, e a liquidação da operação ocorrerá em 7 de julho.
Em dezembro, a emissão externa envolveu a reabertura de títulos de 5 anos (Global 2025), 10 anos (Global 2030) e 30 anos (Global 2050).
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