Os ataques antidemocráticos de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que invadiram e destruiram as sedes do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal no domingo (8) provocaram indignação de várias entidades e de políticos de várias partes do mundo.
Veja a repercussão abaixo de líderes mundiais:
Premiê britânico Sunak
O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, disse nesta segunda-feira (9) que condena qualquer tentativa de minar a transferência pacífica de poder e a vontade democrática do povo brasileiro, depois que apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram e vandalizaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília.
Sunak disse no Twitter que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu governo “têm total apoio do Reino Unido”.
Kremlin apoia Lula e condena vandalismo
A Rússia disse que apoia o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e condena as ações de manifestantes que invadiram e vandalizaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que Moscou condena “nos termos mais fortes” as ações daqueles que provocaram a desordem.
Chanceler alemão Scholz
O chanceler alemão, Olaf Scholz, condenou nesta segunda-feira (9) a invasão das sedes dos Três Poderes, em Brasília, por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, dizendo que a ação coordenada representa um ataque à democracia e não pode ser tolerada.
“Os ataques violentos às instituições democráticas são um ataque à democracia que não pode ser tolerado”, disse Scholz em um tuíte, acrescentando que a Alemanha apoia o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Biden diz que situação no Brasil é “ultrajante”
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse neste domingo (8) que a situação no Brasil é “ultrajante” depois que os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram o Congresso, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF).
O conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, disse que os Estados Unidos condenam qualquer esforço para minar a democracia no Brasil.
“O presidente Biden está acompanhando a situação de perto e nosso apoio às instituições democráticas do Brasil é inabalável. A democracia do Brasil não será abalada pela violência”, disse Sullivan no Twitter.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse no Twitter que os Estados Unidos se juntam a Lula para pedir o fim imediato dos ataques.
“Condeno este ataque ultrajante aos edifícios do governo do #Brasil incitado pelo desrespeito imprudente do demagogo Bolsonaro aos princípios democráticos”, disse o senador Bob Menendez, presidente do Comitê de Relações Exteriores do Senado norte-americano, no Twitter.
“2 anos desde 6 de janeiro, o legado de Trump continua a envenenar nosso hemisfério. Proteger a democracia e responsabilizar os atores malignos é essencial.”
Presidente do México, Andrés Manuel López Obrador
“A tentativa de golpe dos conservadores brasileiros incentivados pelas lideranças do poder oligárquico, seus porta-vozes e fanáticos, é condenável e antidemocrática. Lula não está sozinho, tem o apoio das forças progressistas de seu país, do México, do continente americano e o mundo.”
Chefe de política externa da União Europeia, Josep Borrell
“Consternado com os atos de violência e com a ocupação ilegal da Praça dos Três Poderes de Brasília por extremistas violentos hoje. Total apoio a Lula e seu governo, ao Congresso e ao Supremo Tribunal Federal. A democracia brasileira derrotará a violência e o extremismo.”
Ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, João Gomes Cravinho
“Sem dúvida, o ex-presidente Bolsonaro tem responsabilidade. Sua voz é ouvida por esses manifestantes antidemocráticos. Seria muito importante se ele tivesse uma mensagem de condenação diante da desordem que está acontecendo atualmente em Brasília.”
Presidente do Chile, Gabriel Boric
“O governo brasileiro tem todo o nosso apoio diante desse ataque covarde e vil à democracia.”
Presidente da Colômbia, Gustavo Petro
“Toda minha solidariedade a @LulaOficial e ao povo do Brasil. O fascismo decide atacar… É hora urgente da reunião da OEA (Organização dos Estados Americanos) se ela quiser seguir viva como instituição.”
Presidente da Argentina, Alberto Fernández
“Quero expressar meu repúdio ao que está acontecendo em Brasília. Meu apoio incondicional e do povo argentino a @LulaOficial diante dessa tentativa de golpe que ele está enfrentando.”
Presidente da França, Emmanuel Macron
“A vontade do povo brasileiro e das instituições democráticas deve ser respeitada! O presidente @LulaOficial pode contar com o apoio inabalável da França.”
Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro
“Rejeitamos categoricamente a violência gerada pelos grupos neofascistas de Bolsonaro que têm atacado as instituições democráticas do Brasil. Nosso apoio a @LulaOficial e ao povo brasileiro que com certeza se mobilizará em defesa da paz e de seu presidente.”
Ministério das Relações Exteriores do Uruguai
“O Uruguai condena os episódios de violência contra as instituições no Brasil e pede respeito ao Estado de Direito, à democracia e ao seu governo.”
Ministério das Relações Exteriores do Peru
“O governo do Peru condena energicamente o ataque à sede do Congresso, à Presidência e ao Supremo Tribunal Federal e qualquer tentativa de desconsiderar a legitimidade das eleições de outubro de 2022. Nossa solidariedade ao presidente Lula e à democracia brasileira.”
Presidente do Equador, Guillermo Lasso
“Condeno as ações de desrespeito e vandalismo perpetradas contra as instituições democráticas de Brasília, elas atentam contra a ordem democrática e a segurança cidadã. Manifesto o meu apoio e o do meu governo ao regime legalmente constituído de @LulaOficial.”
Ministério das Relações Exteriores da Bolívia
“Rejeitamos as ações violentas das últimas horas contra as instituições democráticas da República Federativa do Brasil e reiteramos nosso apoio aos nossos irmãos no Brasil e ao seu presidente Lula da Silva, eleito democraticamente nas urnas.”
Primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánches
“Todo meu apoio ao presidente @LulaOficial e às instituições eleitas livre e democraticamente pelo povo brasileiro. Condenamos categoricamente o ataque ao Congresso brasileiro e pedimos o retorno imediato à normalidade democrática.”
Presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel
“Condenamos veementemente os atos violentos e antidemocráticos no Brasil, com o objetivo de gerar caos e desrespeitar a vontade popular que resultou na eleição do presidente Lula.”
Veja o que dizem as entidades:
Febraban
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban), integrante da institucionalidade do País, repudia com veemência as agressões ao patrimônio público nacional e a violência contra as instituições que representam o Estado Democrático de Direito.
As cenas de desordem e quebra-quebra perpetradas na tarde deste domingo (8 de janeiro) em Brasília causam profunda perplexidade institucional, que exigem firme reação do Estado.
Federação Única dos Petroleiros
“Gravíssimos os atos terroristas hoje (8) em Brasília dos fascistas bolsonaristas, que atacaram a democracia brasileira. Enquanto isso, o então secretário de segurança do Distrito Federal, Anderson Torres, agora exonerado, estava nos Estados Unidos reunido com Jair Bolsonaro. Torres, o conivente, tem que ser preso, assim como todos os responsáveis pelos crimes”, ressaltou o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar.
Instituto Justiça Fiscal
O Instituto Justiça Fiscal manifesta seu mais profundo repúdio contra os atos de terrorismo praticados em Brasília no dia de hoje, 8 de janeiro de 2023.
Esses atentados contra o Congresso Nacional, contra o Supremo Tribunal Federal e contra o Palácio do Planalto, são uma afronta ao Estado Democrático de Direito e ao povo brasileiro.
O fascismo e o terrorismo precisam ser combatidos com o máximo de rigor e determinação por parte das instituições e todos os responsáveis por esses atos criminosos precisam ser submetidos ao devido processo legal.
Apoiamos o Estado de Direito e as Instituições de República.
É preciso identificar cada um dos mandantes, dos financiadores e dos agentes públicos, inclusive das Forças Armadas, que foram coniventes com essas ações.
Aberje
Associação Brasileira de Comunicação Empresarial condena veementemente as agressões às instituições e os crimes cometidos na tarde deste domingo, 8 de janeiro de 2023, em Brasília.
A prosperidade dos negócios e o diálogo entre instituições e sociedade só são possíveis em um país em que vigoram a democracia plena, o respeito às urnas e às instituições do Estado.
Não se pode confundir a liberdade de expressão e de manifestação com a incitação e a realização de crimes previstos em lei. É imprescindível que as instituições cumpram seu papel e que os responsáveis envolvidos nos ataques sejam punidos de acordo com a lei.
Esperamos que a Democracia e o Estado de Direito saiam ainda mais fortalecidos após esses lamentáveis fatos e que o país possa voltar o foco para o desenvolvimento econômico e social.
Confederação Nacional do Comércio
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) afirmou que tem compromisso com os valores do Estado Democrático de Direito.
“A confederação confia na apuração e punição dos responsáveis pelos crimes praticados contra a decisão manifestada nas urnas pela sociedade brasileira”, diz a nota divulgada pela CNC.
Zetta
A Zetta, associação de empresas de tecnologia atuantes no ecossistema de serviços financeiros digitais, manifestou em nota seu total repúdio aos atos antidemocráticos ocorridos no último domingo, 08 de janeiro de 2023, em Brasília.
“Na condição de representante de algumas das maiores fintechs do país, lamentamos a violência e a depredação do patrimônio público brasileiro. Reiteramos nosso compromisso com o Estado Democrático de Direito e com o absoluto respeito às instituições representativas do poder público nacional”, disse a Zetta.
Confederação Brasileira de Futebol
Confira manifestação de empresa listada na bolsa brasileira:
Natura
Em nota, a Natura (NTCO3) informou que repudia os ataques contra as sedes dos Três Poderes, em Brasília, e que os atos criminosos representam uma afronta à democracia brasileira, em uma tentativa de calar as instituições constituídas e silenciar os espaços públicos de diálogo.
“As cenas a que assistimos neste domingo se opõem a nossas crenças e razão de ser. Somos uma construção coletiva de uma rede enorme de consumidores, consultoras e colaboradores, com posicionamentos políticos e ideológicos plurais, que valoriza a diversidade de ideias e o debate democrático como instrumentos para o progresso da civilização”, disse a Natura.
*Com Reuters e Agência Brasil
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